segunda-feira, 28 de julho de 2014

Rússia ataca União Europeia e vê culpa dos EUA em conflito

Rússia ataca União Europeia e vê culpa dos EUA em conflito

Chancelaria critica novas sanções europeias e diz que apoio de Obama a governo da Ucrânia acirra confrontos
EUA trabalham para localizar mísseis em poder de separatistas e ajudar ucranianos a destruí-los, diz o 'NYT'
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Rússia reagiu furiosamente neste sábado (26) às sanções adicionais impostas pela União Europeia devido ao papel de Moscou na crise da Ucrânia e acusou os EUA de responsabilidade pelo conflito ucraniano, devido a seu apoio ao governo de Kiev.
O leste da Ucrânia, região de forte presença russa, vive confrontos entre separatistas pró-Rússia e forças do governo desde fevereiro, quando o presidente Viktor Yanukovich, aliado do russo Vladimir Putin, foi derrubado.
Desde então, os insurgentes tomaram várias cidades da região, como Donetsk. Eles têm sido acusados de derrubar, com armamento russo, o avião da Malaysia Airlines que caiu na região no dia 17, matando 298 pessoas. Tanto os rebeldes quanto a Rússia negam culpa pela tragédia.
Neste sábado, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou em nota que as novas sanções europeias vão prejudicar a cooperação em assuntos de segurança e minar o combate ao terrorismo e ao crime organizado.
Na sexta-feira (25), a União Europeia decidiu aplicar sanções a 15 pessoas --entre eles, dirigentes dos serviços russos de inteligência-- e 18 entidades. Entre elas, congelamento de bens e proibição de viagens em território da UE.
As sanções não incluem, porém, o setor de gás natural, cujo fornecimento pela Rússia é tido como crucial.
"A lista de sanções adicionais é evidência direta de que os países da UE traçaram um caminho para reduzir totalmente a cooperação com a Rússia sobre questões de segurança internacional e regional", disse o ministério.

REAÇÃO AOS EUA

A chancelaria também rebateu as acusações do porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, que na sexta atribuiu a Putin responsabilidade pela queda do avião em razão do seu apoio aos separatistas.
"Os EUA continuam a empurrar Kiev para que reprima energicamente o descontentamento da população de língua russa [da Ucrânia]. O governo Obama tem responsabilidade tanto pelo conflito interno na Ucrânia como por suas graves consequências."
Segundo o jornal "The New York Times", os EUA trabalham para descobrir a localização específica de mísseis terra-ar usados pelos insurgentes no leste da Ucrânia, visando ajudar o governo ucraniano a destruí-los.


Reprodução da Folha de São Paulo

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