Israel é o "principal e único suspeito do assassinato" do líder palestino Yasser Arafat, afirmou nesta sexta-feira (8) o presidente da comissão de investigação palestina, Tawfiq Tirawi.
"Israel é o principal suspeito, o principal e único suspeito no caso do assassinato de Yasser Arafat", disse Tirawi em uma coletiva de imprensa em Ramallah (Cisjordânia), na qual informou que a comissão se baseia nas conclusões dos relatórios médicos suíço e russo.
Estes relatórios, realizados a partir de amostras biológicas recolhidas no dia 27 de novembro de 2012 dos restos mortais do líder palestino, concluem que Arafat "não morreu de velhice, nem de doença, mas por envenenamento", afirmou o doutor Abdullah al-Bashir, chefe da equipe médica da comissão de investigação.
A comissão palestina ainda não tem em mãos o relatório francês sobre as mesmas amostras, e a Autoridade Palestina pediu nesta sexta-feira que Paris envie seu documento.
"A França conhece toda a verdade e os detalhes sobre o martírio de Yasser Arafat", insistiu Tirawi.
O ministro palestino da Justiça, Ali Mhana, pediu também nesta sexta-feira que a França envie seu relatório sobre as amostras biológicas extraídas de Arafat, depois que especialistas suíços consideraram razoável a possibilidade de que o líder histórico tenha sido envenenado.
"Até o momento não recebemos nenhuma resposta da parte francesa. Enviamos uma nova carta aos franceses, na qual pedimos que acelerem o envio dos resultados, que continuamos esperando", declarou Mhana em uma coletiva de imprensa em Ramallah.
"Desde o início, os franceses nos disseram que não podem enviar os resultados até que haja uma cooperação judicial franco-palestina", disse o ministro.
Os motivos da morte do líder histórico palestino no dia 11 de novembro de 2004 em um hospital militar francês não foram esclarecidos e muitos palestinos suspeitam que Israel o envenenou. O Estado hebreu nega esta acusação.
Reprodução de notícia da AFP, no UOL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário