Gays têm altas taxas de sífilis e HIV, aponta estudo em Campinas
Cientistas da Fiocruz analisaram o sangue de 600 voluntários
Análises de sangue conduzidas por pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostram presença preocupante de doenças sexualmente transmissíveis entre homossexuais brasileiros.
O estudo, feito com cerca de 600 voluntários do sexo masculino em Campinas (SP), revelou que 7,6% deles tinham o vírus da Aids, enquanto 11% tinham sido infectados pelo vírus da hepatite B e 10% pela bactéria da sífilis. Nos três casos, a proporção de infectados é dez ou mais vezes superior à média da população geral.
"Faltam campanhas eficazes de prevenção para esse público", diz Selma Gomes, do Laboratório de Virologia Molecular da Fiocruz do Rio.
Mesmo que todos usassem preservativo, no entanto, a abordagem não seria suficiente para eliminar outro problema detectado pelo estudo: a alta prevalência de infecções pelas duas principais variantes do vírus HPV, que causa câncer genital.
Para Gomes, é difícil dizer até que ponto o tipo de atividade sexual (o sexo anal, por exemplo) acaba colocando gays sob maior risco. Uma explicação seria a de que fatores comportamentais, como o número de parceiros, seriam mais importantes.
O estudo foi publicado na revista científica "PLoS ONE".
Reprodução da Folha de São Paulo.
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