O recém-eleito presidente de Israel, Reuven Rivlin, pediu desculpas à
presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira depois que o porta-voz da
chancelaria israelense criticou o Brasil por ter condenado a sua
campanha militar na Faixa de Gaza, informou o Palácio do Planalto.
O
porta-voz chamou o Brasil de "anão diplomático" e de ignorar o direito
de Israel de se defender, após o Itamaraty considerar "inaceitável" a
escalada da violência em Gaza, condenar "energicamente o uso
desproporcional da força por Israel" e anunciar a convocação do seu
embaixador em Tel Aviv para consultas.
Israel lançou sua ofensiva
militar em 8 de julho após um aumento dos disparos de foguetes feitos
pelo Hamas, o grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza.
De
acordo com o Planalto, Rivlin disse que Israel estava se defendendo dos
ataques com mísseis e esclareceu que as expressões usadas pelo
funcionário não correspondem aos sentimentos da população de Israel em
relação ao Brasil.
Dilma condenou os ataques de militantes
palestinos contra Israel, mas voltou a manifestar a contrariedade do
governo brasileiro ao uso desproporcional da força na Faixa de Gaza em
uma incursão militar que matou quase 2 mil pessoas.
Segundo a
nota, Dilma "enfatizou que a crise atual não poderá servir de pretexto
para qualquer manifestação de caráter racista, seja em relação aos
israelenses, seja em relação aos palestinos".
O governo
brasileiro reiterou a sua posição histórica de defesa da "coexistência
entre Israel e Palestina, como dois Estados soberanos, viáveis
economicamente e, sobretudo, seguros".
Reprodução de notícia da Reuters no UOL.
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