quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O desempenho do Brasil após a crise de 2008

O DESEMPENHO DO BRASIL FRENTE AO CRASH DE 2008 - Quando se diz que o Crash de 15 de setembro de 2008 ainda não foi superado e que esta crise econômico-financeira é a maior desde o Crash de outubro de 1929, algumas pessoas zombam e fazem pouco desta informação.

O fato é que em pouco mais de um mês completaremos 06 anos do estouro desta incomensurável crise econômica mundial e os sinais da recuperação ainda são tímidos.

Tomando como base o ano de 2007 (último ano antes do estouro do Crash), os resultados das principais economias do mundo são decepcionantes e talvez até assustadores.

É dentro deste contexto que se insere o Brasil.

Vamos, portanto, analisar os dados constantes no Banco Mundial¹ e no Eurostat².
-Crescimento Econômico Acumulado das Principais Economias do Mundo (acúmulo de seis anos, entre 2008 e 2013):

1) União Europeia: -0,94%;
2) Zona do Euro: -1,83%;
3) EUA: 5,51%;
4) Japão: 0,3%;
5) Alemanha: 4,21%;
6) França: 0,61%;
7) Reino Unido: -1,37%;
8) Itália: -8,73%;
9) Espanha: -5,73%;
10) Portugal: -6,79%;
11) Grécia: -23,65%;
12) México: 9,16%;
13) Brasil: 19,87%;
14) Rússia: 10,73%;
15) Índia: 45,57%;
16) China: 66,44%.

Entre as principais economias do mundo, apresentadas acima, o Brasil só tem desempenho inferior ao desempenho espetacular da Índia e da China.

O quadro mundial é preocupante, e quem ainda não entendeu o porquê do baixo crescimento econômico do Brasil atual deveria prestar mais atenção ao que está acontecendo no mundo.

Podem acreditar, o Crash de 2008 é sim a pior crise econômica da história desde o Crash de 1929. E está longe de ser superado.

O Brasil resiste bravamente, com desempenho superior ao de potências como os EUA, Japão, Alemanha, França e Reino Unido.

O quadro da Grécia infelizmente é de catástrofe econômica, sem dúvida alguma.

O Brasil cresceu mais do que o dobro do México (queridinho do mercado e dos neoliberais) neste período de crise.

Deve-se lamentar profundamente o fato de que não exista em nosso país uma imprensa séria, capaz de contextualizar os fatos econômicos que ocorrem no mundo, tampouco capaz de contextualizar a crise e os seus efeitos, diversos, em diferentes países.

É a mesma imprensa que diz que a inflação voltou, sendo que temos esta mesma inflação amplamente controlada e dentro das metas estabelecidas pelo Banco Central, há mais de dez anos consecutivos!

É a mesma imprensa que critica o baixo crescimento econômico do Brasil mas que omite o fato de que o Brasil está muito, mas muito melhor no enfrentamento da crise em relação a vários outros grandes países do mundo!

Somente pelo fato de manter o pleno emprego e de continuar distribuindo renda, dentro deste tenebroso contexto econômico internacional, Dilma Rousseff merece ser reeleita.

Enfrentar a maior crise existente desde 1929, como ela está fazendo com excelentes resultados em comparação com o restante dos grandes países, e com excelentes resultados para o bem estar da população como um todo, não é para qualquer um.

Este sucesso no enfrentamento da crise deve-se à política anti-cíclica adotada desde o governo Lula.

Política esta, frise-se, que tem como norte a manutenção e a expansão de um amplo mercado interno de massas, calcado no emprego, na valorização permanente do salário mínimo e na diminuição das desigualdades sociais.



Texto de Diogo Costa no Jornal GGN

Usando a fonte de dados do Banco Mundial acima, eis mais alguns desempenhos:


1) Argentina: 27,08%
2) Peru: 42,80%
3) África do Sul: 13,84%
4) Turquia: 20,94%
5) Indonésia: 41,02%
6) Chile: 25,60%





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