Nesses períodos que antecedem a campanha eleitoral, até mesmo argumentos de que a mídia não tem nada a ver com a demonização do PT começam a surgir em comentários de pessoas ditas “progressistas”. Percebe-se que a votação não será baseada em partidos, mas sim no candidato, pelo menos no caso de Dilma e Marina.
As chamadas jornadas de Junho de 2013 foram exaustivamente analisadas como descontentamento com a política e nesse vácuo oportunistas começou gerar o discurso de pairar acima da atividade mais básica de uma sociedade: a Política.
O falecido Eduardo Campos e sua vice por conveniência, e hoje forte candidata, Marina Silva, começaram mal. Não há nenhuma contribuição consistente de quem nega os partidos e a atividade política. Apresentar-se como novo colocou Marina a mercê de todas as analises buscando as contradições e elas aparecem aos berros.
Esse primarismo político talvez explique o porquê ela é comparada ao ex-presidente Fernando Collor. Erundina, hoje coordenadora da campanha de Marina Silva, já havia dito que Marina Silva deseduca ao negar a política.
A verdade, Marina apenas surfa na demonização que se tornou mais intenção pela incapacidade da imprensa em viver ideologicamente em paz com o Partido dos Trabalhadores. Como está fácil não ter propostas para o Brasil, pois mesmo o PT mostrando em sua propaganda que nem tudo é caos como alguns apontam, é possível votar em quem só trabalha na base dos clichês.
Nunca a sensação de que de fato existe a entidade coletiva Homer Simpson se fez tão forte. Vale qualquer coisa, até mesmo não ter propostas concretas e realistas. Ao contrário do que disse Nassif em seu Post, Marina não traz nada de novo, apenas o fato de quem está propondo é ela e não o Governo bolivariansitascomunistascheguevarista... ista do PT.
Tudo isso porque ela se apresenta acima das negociatas da política, uma tolice sem fim. Costumo dizer que não existiriam os santos católicos se eles soubessem o que são de fato. Nada, absolutamente nada supera o escrutínio. O que vale é o pragmatismo, o bom pragmatismo para discernir se as contradições são fortes o suficiente para mudar a percepção de risco ao votar em A B, ou C.
Mas esse pragmatismo não existe. Marina e seus aliados (Neca, Gianetti, etc) são o retrato da Velha Política indo no vácuo oportunista de surfar em dos principais males que assolam a população brasileira: a descrença na política. Isso por si só já é motivo suficiente de que Marina não está interessada em melhorar o Brasil, apenas surfa na sua ignorância política potencializada em doses homeopáticas pela mídia.
Texto de Francy Lisboa, no Jornal GGN.
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