O Brasil tem 296 mil pessoas entre o 1% mais rico do mundo e mais de 5 milhões entre os 10% no topo, indica um relatório do banco Credit Suisse lançado nesta terça (14). É mais do que os outros seis emergentes citados no texto, exceto a China.
No mundo, afirma o Relatório de Riqueza Global, o 1% mais rico detém mais de 48% da riqueza total. Esta, por sua vez, subiu 8,3% desde o meados do ano passado, para US$ 263 trilhões, ou 16 vezes o PIB dos EUA –um recorde.
Apesar da crise global, o valor supera o dobro dos US$ 117 trilhões de 2000, graças à recuperação dos mercados imobiliário e de capitais.
No Brasil, porém, a riqueza média em dólar por indivíduo adulto avançou menos de 0,5% do ano passado para este. Desde 2012, a primeira vez que o país apareceu no relatório, ela caiu 19% (pesou o câmbio, mas também a desaceleração da economia).
Ainda assim, nota o levantamento, a riqueza domiciliar média no país, em dólar, triplicou de US$ 7.900 por adulto para US$ 23,4 mil por adulto desde o ano 2000.
Há hoje no país 225 mil indivíduos com patrimônio acima de US$ 1 milhão (R$ 2,39 milhões), mais do que os 221 mil que havia em 2013.
O índice de desigualdade, ressalta o texto, ainda é alto, devido à má distribuição de renda resultante das disparidades educacionais e do abismo entre os mercados formal e informal de trabalho.
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A América do Norte foi a região que mais criou riqueza, com crescimento de 11,4% desde meados de 2013, seguida pela Europa (10,6%). Nos dois casos, o mercado de capitais foi o maior propulsor.
Já a Ásia puxou o avanço dos mercados emergentes, assim como em 2013, com destaque para a China. O país tem hoje 1,2 milhão de milionários e 1,6 milhão de pessoas entre o 1% mais rico (os EUA, líderes, têm 18 milhões).
Segundo o relatório, uma pessoa precisa de um patrimônio de US$ 3.650 (R$ 8.720), descontadas dívidas, para estar na metade mais rica do mundo. Para estar entre os 10%, são US$ 77 mil. Já para fazer parte do 1% mais rico, é preciso ter US$ 798 mil.
Reprodução da Folha de São Paulo.
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