sábado, 14 de setembro de 2013

Verborragia, retórica e vaidades no Supremo

Do Promotor de Justiça Eduardo Nepomuceno de Sousa, do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, em comentário enviado ao Blog sobre o julgamento da ação penal do mensalão:

É imprescindível aproveitar a oportunidade para reformular o procedimento relativo às sessões intermináveis dos tribunais superiores. Não há necessidade da leitura interminável dos votos e do rosário de opiniões e vaidades, em cada manifestação.
Creio que, nas sessões, o ministro deveria limitar-se a seguir ou não o relator e os votos, por sua vez, postos à disposição das partes nos autos. A formalidade adotada é surreal.
Imaginemos se, para cada processo no STF, tivermos a metade ou a quinta parte das sessões ocorridas na AP 470/MG. Seria impossível julgar o acervo de processos existente.
Temos que pensar em maior efetividade da justiça. A transmissão ao vivo das sessões, prática exclusiva do Brasil, aumenta a verborragia e retórica.
Os ministros estão caindo no buraco que cavaram com os próprios pés. O julgamento histórico servirá para a desmoralização completa do Judiciário.
Há bons exemplos de eficiências em outras esferas judiciais, mas o modelo adotado pelo Supremo se mostra, no mínimo, atrasado. Ficaremos esperando três semanas para saber se o recurso será aceito ou não. Absurdo!


Nenhum comentário:

Postar um comentário