quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Sem adesão de novos grupos, público que ocupa Paulista segue homogêneo


O público que foi à avenida Paulista no domingo (16) se manteve homogêneo em comparação com o que protestou contra o governo em abril, sem a adesão de novos grupos.

FRONTEIRA
A conclusão é de pesquisa coordenada pelos professores Esther Solano, da Unifesp, e Pablo Ortellado, da USP, e pela pesquisadora Lucia Nader, da Open Society. "O movimento não consegue agregar pessoas e grupos sociais com pautas diferentes", diz Esther. Dos 390 entrevistados, 57% são homens, 64% têm ensino superior e 73% se declaram brancos. Para ela, o protesto é "socialmente excludente" e a periferia não se identifica com ele.

COMPASSO
Outra constatação: os participantes não têm um perfil tão neoliberal quanto os líderes que convocam os atos. "O público quer a presença do Estado e que ele forneça serviços básicos", afirma Esther. Para 89% das pessoas, o Estado deve prover serviços de saúde para todos os brasileiros. E 72% concordam que ofereça transporte coletivo.

COMPASSO 2
Enquanto 99% consideram "graves" o escândalo da Lava Jato e o do mensalão, ambos relacionados ao PT, 87% dizem o mesmo das denúncias de cartel no metrô de SP e 80% fazem essa avaliação sobre o mensalão do PSDB. Dilma Rousseff é corrupta para 89% dos entrevistados; Aécio Neves, para 38%; Eduardo Cunha, para 70%; Geraldo Alckmin, para 42%. E a maioria diz que Jair Bolsonaro não é corrupto.


Parte de conteúdo da coluna de Mônica Bérgamo, na Folha de São Paulo

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