O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon afirmou nesta terça-feira (2) que não existe uma solução militar para a crise na Ucrânia. Ban alertou o ocidente contra os perigos de uma ação militar, no momento na qual a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) quer reforçar a sua presença no leste europeu.
"A União Europeia (UE), os norte-americanos e a maior parte dos países ocidentais estão discutindo muito seriamente entre eles o seu modo de proceder diante a presença russa na Ucrânia", afirmou ele durante sua visita na Nova Zelândia. "Precisam entender que não existe solução militar. Um diálogo político para uma solução política e o caminho mais seguro", afirmou ele.
O alerta do secretário-geral é voltado aos 28 chefes de Estado da Otan que devem adotar na cúpula de quinta e sexta-feira próximas um plano de reações em resposta à intervenção russa na crise ucraniana.
Por sua vez, a ministra italiana das Relações Exteriores, Federica Mogherini, concorda com o representante da ONU de que a solução política para a crise na Ucrânia é a única viável. "Na Ucrânia não existe solução se não for política nesta crise. É o que não apenas a Itália, mas toda a UE e a Otan sempre disseram", afirmou ela a margem de um encontro com a Comissão das Relações Exteriores do Parlamento Europeu acrescentando que "é no que estamos trabalhando nestes dias e nestas horas".
A chanceler italiana confirmou que amanhã a UE deve preparar um novo pacote de sanções contra a Rússia. "Amanhã a comissão preparará o pacote das novas sanções européias contra a Rússia e a decisão será tomada na sexta-feira".
Para a ministra italiana as relações de seu país com a Rússia deveriam ser revistas pois Moscou não é mais um parceiro estratégico para a UE. "Moscou continua sendo um ator político importante nos desafios regionais, é inegável, mas não é mais um parceiro estratégico para a UE. Espero porém que no futuro mude e queira voltar a ser um nosso parceiro", disse a Mogherini.
A Rússia é acusada de intervir militarmente em território ucraniano, e ajudar os separatistas pró-russos no leste do país onde acontecem confrontos contra os militares do governo.
Reprodução do UOL Notícias - ANSA.
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