terça-feira, 16 de setembro de 2014

Gente nossa

A prisão do prestigiado coronel da PM-RJ Alexandre Fontenelle, identificado como chefe de quadrilha de policiais, mostra mais uma vez: o principal problema da polícia é a polícia. Não há Estado que escape de tal regra brasileira. E não há como preveni-la, o possível é apenas combatê-la.
O dispositivo montado e mantido com esse fim por José Mariano Beltrame, secretário de Segurança-RJ, foi e é tão trabalhoso e complexo quanto o planejamento e a ação de combate ao crime da bandidagem convencional.
As UPPs, Unidades de Polícia Pacificadora já em 32 favelas, exemplificam bem o problema humano. Desde o início, Beltrame decidiu guarnecê-las com novos admitidos à PM, selecionados com o máximo possível de rigor, e submetidos a treinamento especial para a tarefa também nova. Lembra-se do caso Amarildo, cometido por PMs de uma UPP, nas próprias dependências da UPP da Rocinha? A gravidade dos casos é variável, mas a incidência, não. As prisões e expulsões não cessam.
E, no entanto, são mesmo necessários mais e mais policiais. Com o material humano que a sociedade brasileira ofereça.


Trecho da coluna de Jânio de Freitas, na Folha de São Paulo

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