Dedicado a um belo trabalho fotográfico sobre a fauna e a flora, capaz de levar a medidas governamentais de proteção, Luiz Claudio Marigo sofreu com um infarto por perto de uma hora, deitado, até morrer, no corredor de um ônibus em frente à porta do Instituto Nacional de Cardiologia. O INL está em greve e ninguém do pessoal em serviço obrigatório foi ao ônibus. A direção do INL diz que não houve pedido claro no hospital. Várias testemunhas dizem o oposto, entre elas o próprio motorista que dirigiu o ônibus e foi em pessoa apelar pelo socorro médico.
Até o momento em que escrevo, já no terceiro dia do ocorrido, não encontrei o pronunciamento devido pela Associação Médica Brasileira e pelo Conselho Federal de Medicina. Na Câmara, o sempre citável Ronaldo Caiado preferiu ocupar-se dos médicos cubanos desertores, para ouvir do ministro da Saúde que são o menor grupo de desistentes do Mais Médicos. E, com os dois mais recentes que também vieram apenas fazer trânsito esperto aqui, rumo aos Estados Unidos, esses trânsfugas são apenas 0,1% do total.
Ronaldo Caiado está no seu papel, médico que deu também as costas à medicina, para servir no Congresso aos seus agronegócios. Mas a AMB e o CFM não se limitam a sua campanha contra o Mais Médicos, nem só aos interesses da classe.
Trecho da coluna de Jânio de Freitas, na Folha de São Paulo.
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