segunda-feira, 16 de junho de 2014

Maior do Oriente Médio, parada foi marcada pela pouca roupa dos participantes e pelas cenas de namoro


Homens sem camisa e drag queens super coloridas festejaram no centro de Tel Aviv nesta sexta-feira (13) a Parada do Orgulho Gay da cidade, que é a maior do Oriente Médio.
Tel Aviv é um dos poucos lugares no Oriente Médio onde os homossexuais se sentem livres para andar de mãos dadas e se beijar em público. Nos últimos anos, a cidade se firmou como um importante destino gay, num nítido contraste com a hostilidade enfrentada pela comunidade LGBT nos outros países da região.
Porta-voz da polícia da cidade, Micky Rosenfeld estimou em 100 mil pessoas o número de participantes. Com a música tocando num volume alto durante toda a rota do desfile, os milhares de participantes dançavam e agitavam bandeiras do arco-íris gay, muitos deles seminus.
Em contraste com os que apostavam na pouca roupa, as drag queens usavam vestidos com lantejoulas, sapatos de salto alto e maquiagem.
Gays assumidos integram as Forças Armadas e o parlamento de Israel. Alguns dos artistas mais populares do país são homossexuais. Apesar disso, ativistas locais dizem que o país ainda tem muito a avançar na promoção da diversidade sexual.
Oficialmente, não há casamento gay em Israel, principalmente porque não há casamento civil de qualquer espécie. Todos os matrimônios judaicos devem ser realizados por meio do rabinato, que considera a homossexualidade um pecado e uma violação da lei judaica.
O ambiente aberto à diversidade sexual da Tel Aviv é muito diferente da conservadora cidade vizinha de Jerusalém, que concentra locais sagrados do judaísmo, do cristianismo e do islamismo.
Jerusalém tem uma pequena cena gay e até uma Parada do Orgulho Gay, mas ela é numa escola muito menor do que a de Tel Aviv.
Em todo o resto do Oriente Médio, as relações gays e lésbicas são um tabu. A penetração da religião na vida cotidiana, junto com as normas culturais rígidas, desempenham um fator importante nisto. Relações do mesmo sexo são puníveis com a morte no Irã, Mauritânia, Arábia Saudita, Sudão e Iêmen.


Reprodução do Igay (IG)

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