segunda-feira, 23 de junho de 2014

Egito condena jornalistas da Al Jazeera a sete anos de prisão

Três jornalistas da Al Jazeera acusados de apoiar a Irmandade Muçulmana foram condenados a sete anos de prisão no Egito.

Um tribunal no Cairo condenou o australiano Peter Greste e os egípcios Mohammed Fahmy e Baher Mohamed por espalhar notícias falsas e apoiar o grupo islâmico, que foi banido no país. Eles estão presos há seis meses e negam as acusações.

Nove acusados julgados à revelia, incluindo três jornalistas estrangeiros, foram condenados a dez anos de prisão.

O processo causou indignação internacional em meio a acusações de que teria motivações políticas.

Baher Mohamed foi condenado a mais três anos de prisão em um processo separado envolvendo a posse de armas.

Restrição à imprensa

A Al Jazeera disse que apenas nove dos 20 acusados são funcionários seus. Os outros seriam estudantes e ativistas. Dois deles foram absolvidos nesta segunda-feira.

Fahmy e Mohamed estavam entre os 16 egípcios acusados de pertencer a uma organização terrorista e de "prejudicar a unidade nacional".

Greste, ex-correspondente da BBC, e outros três jornalistas que deixaram o país - os repórteres britânicos Dominic Kane e Sue Turton, também da Al Jazeera, e a jornalista holandesa Rena Netjes - foram acusados de divulgar informações falsas e colaborar com os réus egípcios através de doações em dinheiro, equipamento e informação.
O julgamento ocorre em meio a crescentes restrições ao trabalho da imprensa no Egito.

A Al-Jazeera, sediada no Catar, está proibida de operar dentro do Egito após autoridades terem acusado o canal de transmitir reportagens favoráveis ao ex-presidente Mohammed Morsi e a Irmandade Muçulmana. A Al Jazeera nega as acusações.

O Catar apoia a Irmandade e é visto com ceticismo pelo governo egípcio.


Reprodução da BBC Brasil no UOL Notícias

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