Parceria de inteligência entre EUA e Alemanha é abalada por escutas
Americanos se negam a abandonar espionagem em território alemão
Quase dois meses após o presidente Barack Obama garantir à chanceler alemã, Angela Merkel, que os EUA nunca mais teriam seu celular como alvo de escuta, o esforço por um novo relacionamento de inteligência com a Alemanha está soçobrando.
As autoridades dos EUA se recusaram a estender a garantia de não espionagem a outras pessoas que não Merkel, dizendo a colegas alemães em conversas privadas que, se a Casa Branca se dispuser a abandonar suas ações de vigilância em território alemão, outros parceiros insistirão no mesmo tratamento.
O grau de agressividade na espionagem de aliados é uma das questões mais delicadas que Obama terá de considerar ao ponderar o relatório, ainda confidencial, da comissão externa que lhe submeteu 40 recomendações.
Segundo conhecedores do relatório, uma das conclusões é que a Casa Branca precisa revisar regularmente as ações de vigilância da NSA para determinar se os dados recolhidos valem os danos que seriam causados caso um programa fosse revelado --atualmente, a CIA já faz isso.
Mas, enquanto Obama estuda suas opções, os esforços para reparar os danos à relação parecem não dar resultado. Além de as autoridades americanas se recusarem a abandonar a espionagem no país, a Alemanha reluta em participar de um acordo de cooperação mais amplo, ao menos nos termos dos EUA.
Os alemães participam há anos de operações americanas de combate ao terrorismo, mas se recusaram a fornecer aos EUA informações que possam ajudar a determinar alvos para ataques de drones. Agora, relutam em participar de ações de coleta maciça de dados telefônicos.
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