terça-feira, 1 de outubro de 2013

“Experiência de shows no Brasil é de felicidade”, diz vocalista do Simple Minds

“Experiência de shows no Brasil é de felicidade”, diz vocalista do Simple Minds

Grupo escocês de Jim Kerr se apresenta no próximo sábado em Porto Alegre


Três anos depois, os gaúchos terão oportunidade de estar diante de um grupo com uma bagagem sólida e que empilha sucessos e momentos agradáveis ao longo de 36 anos de carreira. Os escoceses do Simple Minds apresentam a turnê “Greatest Hits + Live” no próximo sábado, às 21h, no Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 865), em Porto Alegre. 

O show segue o lançamento neste ano da coletânea “Celebrate - The Greatest Hits +”, uma compilação dos principais momentos da carreira. Ingressos podem ser adquiridos pelo site Ingresso Rápido ou na bilheteria do Teatro do Bourbon Country. Em São Paulo, a banda se apresenta dia 8 no Espaço das Américas e em Curitiba o show é no dia 12, no Bio Parque. 

O grupo formado por Jim Kerr (vocal), Charlie Burchill (guitarra e teclado), Mel Gaynor (bateria e percussão, Andy Gillespie (teclado) e Ged Grimes (baixo) mantém a atualidade e a vibração nas apresentações ao vivo, algo que vem desde o primeiro disco “Life in a Day”, de 1979. A banda que vendeu mais de 35 milhões de discos é capaz de produzir um catálogo de hits que incluem clássicos como “Don´t You Forget About Me”, “Alive and Kicking” e “Sanctify Yourself” até músicas um pouco mais recentes como “War Babies” e o cover do Kraftwerk, “Neon Lights”. 

O vocalista e principal referência da banda, Jim Kerr, 54 anos, não vive só da música. Ele é dono de um hotel em Taormina, na ilha de Sicília, Itália, e tem várias paixões, entre as quais o futebol, com o vencedor Celtic, bicampeão escocês e disputando a Liga dos Campeões no grupo do Barcelona. Em entrevista ao Correio do Povo, ele fala do show, do público brasileiro e da paixão pelo futebol, entre outros assuntos: 

Correio do Povo – A pergunta parece óbvia, mas é importante. Após 36 anos de carreira, qual é a motivação da banda para estar no palco e em turnê? 
Jim Kerr – A motivação que é a gente a cada show se diverte muito. A gente acredita, imagina que pode fazer cada apresentação de forma única nestes 36 anos. A coisa toda é quando você se renova, está no palco porque gosta, fazendo uma coisa nossa, tocando as músicas que a gente gosta, diante de um público que sempre nos dá um grande retorno. 

CP – Como está o repertório, as músicas, a duração do show?
Jim Kerr - O repertório tem basicamente 25 músicas, duas horas de duração, talvez um pouco mais. Como o show é Greatest Hits, as canções que todos querem ouvir estarão no set list, como “Don´t You Forget About Me”, “Let There Be Love”, “Sanctify Yourself”, “Once Upon a Time” e “Alive and Kicking. A banda tem ainda muita energia no palco, estamos trabalhando bem e o público nos complementa. Estamos 100% a cada noite. Dando tudo de nós para tocar as canções que marcaram a nossa vida e a dos fãs. 

CP – Eu assisti ao show de 2010 em Porto Alegre e vi que o público gaúcho estava em alta rotação. O que vocês esperam do público gaúcho e brasileiro nesta turnê?
Jim Kerr – Esperamos sempre muito do público de Porto Alegre, Rio e São Paulo. A experiência de shows no Brasil é sempre de muita felicidade. Vocês sempre nos surpreendem. Em Porto Alegre, o último concerto que fizemos foi muito bom. As pessoas têm uma energia incrível. Além disto, o lugar é agradável, daqueles que não sai da mente. Vocês nos tomam de assalto. É impressionante. 

CP – Fora da música, sabemos que o futebol é uma das suas paixões e principalmente o Celtic (atual bicampeão escocês). Uma vez vi em Lisboa a invasão de 20 mil torcedores, que bebiam o dia inteiro e não brigavam como os hooligans. Fale um pouco do time e da paixão.
Jim Kerr – O Celtic é uma grande instituição da Escócia, realmente uma paixão. Grande parte da torcida é formada por imigrantes irlandeses e por católicos. A torcida sempre foi formada por pessoas mais pobres, mas com uma paixão que vinha da alma. Se criou um tipo de torcida incomum, se pensarmos em termos de Reino Unido, pacífica e não agressiva. Por isso, que sempre impressionamos na Europa pela paixão, pela quantidade e pela natureza não agressiva. 

CP – E sobre o Brasil, qual a sua impressão atual?
Jim Kerr – O Brasil é um país com uma grande cultura, que produz uma música maravilhosa, com muito ritmo. Me dei conta disto quando estive no país pela primeira vez. Agora, as notícias são todas sobre o crescimento econômico e um protagonismo na cena internacional. Quero constatar este crescimento e principalmente esta preparação para a Copa do Mundo, que infelizmente não terá a Escócia novamente. 

CP – Uma frase que resuma o que vai ser o show deste sábado, 5 de outubro em Porto Alegre.
Jim Kerr – É uma honra volta a tocar em Porto Alegre para um público que nos acolheu tão calorosamente. Posso dizer que espero que seja mais um grande encontro e uma diversão para todos nós. Nós nos divertimos muito no palco e que vocês se divirtam com a gente. 


Fonte: Correio do Povo

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