quinta-feira, 16 de julho de 2015

Livro do Ano da AGES: uma noite memorável

Nem só de conflitos, temores e carências vive o nosso hoje. Há os belos momentos de luz e esperança. No último sábado, 11 de julho, ocorreu no Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo a entrega da 13ª Edição do Prêmio Livro do Ano da Assoicação Gaúcha de Escritores (AGES), o mais importante troféu oferecido à literatura gaúcha (lembrando que o Prêmio Açorianos restringe-se ao vínculo com Porto Alegre, de autor ou editora). Foi uma noite glamourosa e inesquecível, acariciada pelo som impecável de Claudio Santa Cruz e Rubem Penz, que abriram, permearam e encerraram a festa no palco das letras. Caio Riter, Presidente da AGES, abriu a cerimônia, ao saudar o público que lotou o auditório Barbosa Lessa, com estilo simples e objetivo, marca de sua trajetória como presidente e escritor. Um guerreiro incasável coberto de sensibilidade, motivação e militância inquieta pela literatura do Rio Grande do Sul.
A grande homenageada da noite foi a literatura infantojuvenil. Três crianças, no palco, leram poemas dos saudosos Carlos Urbim e Sergio Napp, perdas irreparáveis ocorridas este ano, numa homenagem que emocionou a todos. E ali ficaram, para ajudar os diretores da AGES na leitura dos finalistas e entrega dos prêmios. Os vencedores receberam um troféu concebido pela artista Lília Manfroi. Este ano, houve um recorde de inscrições de livros e autores do RS concorrendo. Na primeira fase, um júri técnico selecionou os melhores das oito categorias. Depois, os escritores associados votaram nos finalistas de sua preferência. Como se anuncia no prêmio, “os escritores escolheram como vencedores do Prêmio AGES Livro do Ano 2015″ as seguintes obras:
Infantil: “Os filhos de Ceição”, de Helô Bacichette
Juvenil: “Um é o outro”, de Hermes Bernardi Jr.
Não Ficcção: “Pâo e Circo”, de Dilmar Messias
Crônica: “Tomo conta do mundo”, de Diana Corso
Narrativa Longa: “Terra Avulsa”, de Altair Martins
Narrativa Curta: “Água de poço em noite fria de luz cheia”, de Ayala de Aguiar
Poesia: “Arrastão e outros poemas”, de Marlon de Almeida
Especial: “O melhor de Mario Quintana”, de Armindo Trevisan, Dulce Helfer e Tabajara Ruas.
Este ano, os escritores também concederam o troféu Prêmio AGES ao livro que mais votos recebeu dos associados dentre todas as categorias. Venceu “Tomo conta do mundo”, de Diana Corso, que recebeu R$ 2 mil.
No final, uma justa homenagem a Luiz Antonio de Assis Brasil pelos 70 anos  de idade e 30 anos de oficina literária, berço de tantos autores hoje fundamentais à literatura gaúcha (em 2016, serão 40 anos de seu romance de estréia, Um Quarto de Légua em Quadro). Sócio-fundador da AGES, foi o criador do Prêmio Livro do Ano. Emocionado, o ex-Secretário de Cultura do RS agradeceu a homenagem e enalteceu o crescimento da importância e a qualificação tanto do prêmio quanto da cerimônia a cada ano.
Foi uma noite inesquecível. O livro tem, cada vez mais, um papel social. E é sujeito ativo de transformação e humanização, de busca por dias melhores. Como Diretor de Comunicação da AGES, estou ainda agradecendo a confiança de meus colegas escritores – e, acima de tudo, a honra de ter participado de um momento ímpar da cultura gaúcha.

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