“Não foi acidente”, diz MP sobre morte de jovem em Porto Alegre
Adolescente de 17 anos morreu após participar de festa na zona Sul em 2013
Uma festa no condomínio de alto padrão Jardim do Sol, na zona Sul de Porto Alegre, terminou na morte de Eduardo Fosch, 17 anos, em 27 de abril de 2013. A promotora Sônia Mensch, que está à frente do caso, não tem dúvidas de que se trata de um homicídio. "É impossível acreditar que o fato tenha sido um acidente", declarou em entrevista à Rádio Guaíba.
A festa reuniu cerca de 150 jovens e seis seguranças. Eduardo Fosch, conhecido como Dudu, foi encontrado desacordado em um terreno ao lado do condomínio. Ele deixou o local direto para a UTI do Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde permaneceu nove dias internado e faleceu na manhã de 6 de maio.
Aparentemente, Dudu foi vítima de uma queda acidental, já que um vão de aproximadamente seis metros separava o local da festa do espaço vizinho. Como o adolescente foi socorrido com vida, o local não foi periciado. Mesmo com ferimentos que apontassem para a suspeita de luta corporal e agressão física, o caso foi tratado como acidente. Um inquérito policial foi aberto cerca de um mês depois da morte e questões importantes teriam sido deixadas de lado, mantendo ao final da investigação a teoria de que Dudu foi vítima do acaso.
A família, no entanto, não aceitou a versão de que Dudu teria sido vítima de uma fatalidade. Em novembro de 2013, o laudo pericial realizado por um perito particular demonstrou que o adolescente foi arremessado já semiconsciente para o terreno vizinho. Exames médicos apontariam ferimentos que, de fato, houve luta antes da queda. Após pressão da família, em 27 de novembro de 2013, o caso foi remetido ao Ministério Público (MP), momento a partir do qual a família passou a ter esperanças de descobrir o que de fato ocorreu na madrugada de 28 de abril.
A promotora Sônia pretende ouvir as duas últimas testemunhas referentes ao caso no próximo dia 22 de maio e também projeta solicitar judicialmente os prontuários médicos gerados durante a internação do jovem no HPS. “O HPS está dificultando muito o nosso trabalho. Essa burocracia, essa lentidão acaba retardando nosso trabalho. Se for necessário, entrarei no hospital municiada de ofícios e encontrarei os documentos necessários para comprovar o que se passou com o Eduardo”, relatou. A reportagem entrou em contato com HPS, que ainda não se manifestou sobre as declarações da promotora.
A promotora garante que um grande número de provas já foram anexadas ao processo e os próximos passos servirão para endossar a investigação e a posição do MP. “Ainda não vamos falar em nomes, mas estamos muito próximos de apontar quem está envolvido na morte”, informou.
A família de Eduardo também encaminhou o caso à Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, que analisa a situação. Os pais de Dudu não descartam a possibilidade de que o fato do jovem ser negro tenha relação com o caso.
No último dia 15 de abril, a família de Dudu organizou uma caminhada pedindo por justiça no caso. No Facebook da mãe de Eduardo, Jussara Fosch, um convite para missa em memória ao jovem foi postado nesta quarta-feira. Além do pedido de orações, a mãe pede respostas: “Quantos serão necessários para que exista justiça nesse país, para garantir meu direito de mãe? Quantos promotores? Quantos juízes? Quantos peritos? Quantos procuradores? Mataram meu menino negro, de repente meu colo ficou vazio, parece que foi ontem.”
A festa reuniu cerca de 150 jovens e seis seguranças. Eduardo Fosch, conhecido como Dudu, foi encontrado desacordado em um terreno ao lado do condomínio. Ele deixou o local direto para a UTI do Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde permaneceu nove dias internado e faleceu na manhã de 6 de maio.
Aparentemente, Dudu foi vítima de uma queda acidental, já que um vão de aproximadamente seis metros separava o local da festa do espaço vizinho. Como o adolescente foi socorrido com vida, o local não foi periciado. Mesmo com ferimentos que apontassem para a suspeita de luta corporal e agressão física, o caso foi tratado como acidente. Um inquérito policial foi aberto cerca de um mês depois da morte e questões importantes teriam sido deixadas de lado, mantendo ao final da investigação a teoria de que Dudu foi vítima do acaso.
A família, no entanto, não aceitou a versão de que Dudu teria sido vítima de uma fatalidade. Em novembro de 2013, o laudo pericial realizado por um perito particular demonstrou que o adolescente foi arremessado já semiconsciente para o terreno vizinho. Exames médicos apontariam ferimentos que, de fato, houve luta antes da queda. Após pressão da família, em 27 de novembro de 2013, o caso foi remetido ao Ministério Público (MP), momento a partir do qual a família passou a ter esperanças de descobrir o que de fato ocorreu na madrugada de 28 de abril.
A promotora Sônia pretende ouvir as duas últimas testemunhas referentes ao caso no próximo dia 22 de maio e também projeta solicitar judicialmente os prontuários médicos gerados durante a internação do jovem no HPS. “O HPS está dificultando muito o nosso trabalho. Essa burocracia, essa lentidão acaba retardando nosso trabalho. Se for necessário, entrarei no hospital municiada de ofícios e encontrarei os documentos necessários para comprovar o que se passou com o Eduardo”, relatou. A reportagem entrou em contato com HPS, que ainda não se manifestou sobre as declarações da promotora.
A promotora garante que um grande número de provas já foram anexadas ao processo e os próximos passos servirão para endossar a investigação e a posição do MP. “Ainda não vamos falar em nomes, mas estamos muito próximos de apontar quem está envolvido na morte”, informou.
A família de Eduardo também encaminhou o caso à Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, que analisa a situação. Os pais de Dudu não descartam a possibilidade de que o fato do jovem ser negro tenha relação com o caso.
No último dia 15 de abril, a família de Dudu organizou uma caminhada pedindo por justiça no caso. No Facebook da mãe de Eduardo, Jussara Fosch, um convite para missa em memória ao jovem foi postado nesta quarta-feira. Além do pedido de orações, a mãe pede respostas: “Quantos serão necessários para que exista justiça nesse país, para garantir meu direito de mãe? Quantos promotores? Quantos juízes? Quantos peritos? Quantos procuradores? Mataram meu menino negro, de repente meu colo ficou vazio, parece que foi ontem.”
Reprodução do Correio do Povo.
O blogueiro esteve na caminhada do dia 15 de abril, acima citada, relatei no Novas Voltas em Torno do Umbigo.
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