sexta-feira, 8 de maio de 2015

Americanos começam a treinar rebeldes sírios



Americanos começam a treinar rebeldes sírios


Programa foi iniciado na Jordânia com 90 integrantes 'moderados' contra Estado Islâmico

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O secretário de Defesa americano, Ash Carter, confirmou nesta quinta-feira (7) que os EUA deram início a um programa que treinará rebeldes sírios moderados para o combate contra a facção radical Estado Islâmico (EI).
A decisão, que vinha atraindo controvérsias, insere os EUA mais profundamente na guerra civil síria, oito meses depois do início dos ataques aéreos contra os militantes sunitas no país.
Segundo Carter, os treinamentos começaram, na Jordânia, com um pequeno grupo de 90 sírios, que receberiam um valor em dinheiro. A previsão é que, em breve, haja um grupo de treinamento também na Turquia.
De acordo com o governo americano, a intenção é dar aos rebeldes habilidades militares básicas. O secretário americano afirmou, contudo, que o governo ainda precisa decidir se e como os EUA ajudariam os rebeldes em caso de confronto com as forças do regime de Bashar Al-Assad.
Carter afirmou que levará alguns meses até que o primeiro grupo de rebeldes seja enviado para o combate.
O Pentágono estima que poderá gastar até três anos para treinar e armar mais de 15 mil rebeldes.
"Esperamos que [o programa] seja bem sucedido e cresça. Mas é preciso começar de um ponto, e esse é onde estamos começando", disse.
Carter afirmou que os 90 sírios foram escolhidos "de forma muito cautelosa".
A maior preocupação de Washington é que combatentes treinados pelos americanos cometam violações de direitos humanos ou que se voltem contra os EUA depois.
Segundo números recentes do Pentágono, 3.750 sírios se inscreveram para receber treinamento. Destes, 400 passaram pelo primeiro filtro e enfrentarão outra seleção.
O Congresso americano aprovou orçamento de US$ 500 milhões para o programa, do qual participariam cerca de mil soldados.
Até agora, contudo, há apenas 450 militares no local, segundo funcionários americanos.


Reprodução da Folha de São Paulo

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