JOSÉ LUÍS COUTO PEREIRA DA SILVA (1954-2015)
Amava Carnaval e corridas de cavalo
Criador do jargão "a maior escola de samba do planeta" para as apresentações da Mangueira na Sapucaí, José Luís Couto Pereira da Silva era uma das figuras tarimbadas do Carnaval carioca.
Foram 17 edições puxando o samba-enredo da escola –nove ao lado de Jamelão e oito como puxador oficial.
Antes dos Carnavais, Luizito, como era conhecido, já tinha uma história com a música. Ainda na escola, integrou um coral e chegou a compor o grupo "Pequenos Cantores da Guanabara". Com o tempo passou por gêneros como MPB e pagode até chegar às rodas de samba.
Sua grande paixão, porém, foi mesmo a interpretação de sambas-enredos. Ainda na década de 1980, foi intérprete da escola Caprichosos de Pilares, onde permaneceu até ser convidado para integrar a equipe da Mangueira.
"Era dedicação total, o ano todo. Eram shows, ensaios, que ficavam mais frequentes com a aproximação do Carnaval", conta a mulher de Luizito, Carla.
Foi campeão do Carnaval carioca logo em seu primeiro ano. Já na última edição, ganhou o prêmio Estandarte de Ouro, do jornal "O Globo", como melhor intérprete.
Quando não estava dedicado aos sambas-enredo, Luizito era taxista e apaixonado por corridas de cavalo.
"Ele ia ao jóquei, apostava. Era uma coisa que ele gostava muito mesmo, não ficava sem. Quatro vezes por semana estava ele lá", diz Carla.
Morreu no dia 6, aos 61 anos, em decorrência de um edema pulmonar agudo. Deixa mulher, dois filhos, um enteado, a irmã, dois sobrinhos e toda uma escola de samba.
Reprodução do obituário de Luizito, na Folha de São Paulo.
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