Morreu nesta quinta-feira (7) o ator Guilherme Karam, conhecido principalmente por papéis cômicos na TV e no cinema. Ele tinha 58 anos.
Karam estava internado havia cerca de dois anos no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio. Ele sofria da doença de Machado-Joseph, uma síndrome neurológica rara e degenerativa que compromete a coordenação motora.
Nascido no Rio em 1957, o ator estreou na TV em "Partido Alto" (Globo), de 1984, quando viveu o personagem Políbio, um guru de araque. A partir de então, conduziu sua carreira quase sempre pelo humor. Atuou em mais de 10 novelas e minisséries.
Seu último trabalho foi em "América" (Globo), em 2005. Seus personagens mais conhecidos, porém, surgiram na "TV Pirata" (Globo), um dos mais importantes capítulos do humor brasileiro na TV.
No programa, eternizou figuras como Zeca Bordoada, que assumia o estereótipo do cafajeste consagrado nos anos 1970 apresentando a TV Macho, o capanga Gronopoulos, uma mistura high-tech de Corcunda de Notre-Dame e Nosferatu, e o durão mas amoroso Comandante Klink.
Também fez novelas na extinta TV Manchete, entre elas "Dona Beija" (1986) e "Tudo ou Nada" (1986).
Teve papeis marcantes ainda no cinema, como o vilão Baixo Astral, um ser demoníaco que vivia em esgotos, no infantil "Super Xuxa contra Baixo Astral" (1988).
No teatro, fez sucesso com a peça "Miguel Falabella e Guilherme Karan, Finalmente Juntos e Finalmente ao Vivo" (1984), na qual a dupla satirizava clássicos do cinema, como "Crepúsculo dos Deuses" (1950).
Chegou a ganhar o prêmio Mambembe de melhor ator junto com Falabella pela atuação na peça As "Sereias da Zona Sul" (1988).
Informações sobre o velório do ator não foram divulgadas.
REPERCUSSÃO
Colegas de profissão e outros artistas e personalidades da TV usaram as redes sociais para lamentar a morte do ator.
"Descanse em paz, Guilherme Karam", escreveu o apresentador Gugu Liberato. "Que pena!", disse o músico Roger Moreira.
O ator e músico Bernardo Falcone lembrou de um dos mais populares personagens de Karam. "Baixo Astral, um dos melhores/piores vilões da minha infância."
"Descansou de uma doença horrível... Que Deus te receba de braços abertos", afirmou o ator Eduardo Martini.
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