terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Evento gratuito reúne sobreviventes do Holocausto em Porto Alegre

Evento gratuito reúne sobreviventes do Holocausto em Porto Alegre

Quatro vítimas da Shoah falarão sobre o assunto na quarta-feira, a partir das 18h30min

O dia 27 de janeiro é reconhecido internacionalmente como o “Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto”. Para marcar a data, sobreviventes da última geração que viveu as atrocidades da Shoah estarão reunidos em Porto Alegre relatando suas histórias. O evento gratuito é aberto ao público e acontece nesta quarta-feira, às 19h, no Museu da Ufrgs (Osvaldo Aranha, 277).

Estarão presentes no encontro quatro sobreviventes da Segunda Guerra Mundial: Bernard Kats, Curtis Henry Stanton, Max Wachsmann Schanzer e Johannes Melis. Eles apresentarão relatos do período e contarão como sobreviveram à limpeza étnica almejado por Adolph Hiltler. 

Conheça os convidados:
Bernard Kats: judeu, holandês, tem 79 anos e tinha três quando a Holanda foi invadida. Após a morte de seu pai, ele e sua irmã foram entregues numa organização da comunidade protestante reformista criada para proteger os perseguidos. Trocaram seus nomes, sua filiação e, assim, conseguiram se salvar. 

Curtis Henry Stanton: judeu, alemão, tem 86 anos. Aos 12, quando começou a 2ª Guerra Mundial, era ofendido pelos colegas na escola por usar a estrela de David. Sua família e ele foram para o gueto de Lodz, na Polônia. Seus pais morreram em campos de concentração. 

Max Wachsmann Schanzer: judeu, polonês, tem 87 anos. Em 1943, durante uma seleção no campo, seus pais e a irmã de cinco anos foram levados para o campo de extermínio de Auschwitz, onde morreram nas câmaras de gás. Ele e mais três irmãos foram levados para campos de concentração de trabalhos forçados, sendo libertados pelos russos dois anos mais tarde.

Johannes Melis:
 católico, holandês, 77 anos. Seu pai era membro da resistência holandesa, treinado para desarmar equipamentos e foi escafandrista. Salvou famílias de judeus, escondendo-os em sua casa. Corajosamente, também, salvou pilotos ingleses, canadenses e americanos. Sua família veio para o Brasil em 1951, e Johannes naturalizou-se brasileiro.

Reprodução do Correio do Povo.

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