EUA e Israel mataram líder do Hizbullah em ataque, diz jornal
"Washington Post" diz que americanos testaram bomba 25 vezes
Os EUA e Israel prepararam o carro-bomba que matou Imad Fayez Mugniyah, chefe de operações internacionais da milícia xiita libanesa Hizbullah, em 12 de fevereiro de 2008, segundo informou o "Washington Post" na noite de sexta (30).
Segundo ex-autoridades de Inteligência dos EUA, a bomba foi ativada de maneira remota de Tel Aviv por agentes do Mossad (serviço de inteligência de Israel no exterior), que se comunicavam com agentes em Damasco.
Os EUA, segundo o diário, colaboraram na preparação da bomba, que foi testada até 25 vezes numa instalação da Carolina do Norte para assegurar que não houve erros. Washington nunca reconheceu sua participação na ação.
Na ocasião, o Hizbullah culpou Israel pelo assassinato do líder, que esteve envolvido em alguns de seus mais graves atentados. Entre eles estão os lançados contra a embaixada dos EUA em Beirute (Líbano), em 1983, e contra a embaixada de Israel na Argentina, em 1992.
Em sua reportagem, o "Post" também aborda o debate legal que emerge do fato de que o atentado contra o líder do Hizbullah ocorreu em um país contra o qual os EUA não estavam em guerra.
Além disso, ele foi assassinado com um carro-bomba, técnica que alguns analistas legais consideram uma violação das normas do direito internacional, que proíbem o "uso de meios pérfidos" para matar, ferir ou capturar adversários.
"É um método de assassinato usado por terroristas e gângsteres. Viola uma das mais antigas regras de guerra", disse ao "Post" Mary Ellen O'Connell, professora de direito internacional da Universidade de Notre Dame.
Reprodução da Folha de São Paulo.
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