sexta-feira, 11 de março de 2016

A politização do Ministério Público

As melhores ideias fracassam no Brasil.
A Constituição de 1988 fortaleceu o Ministério Público em defesa das instituições.
Parte do MP atualmente dedica-se ao golpismo de direita.
Em 1964, as forças armadas foram politizadas e aparelhadas para o golpe.
Agora, com as forças armadas adormecidas, o MP é que se politizou.
Tem com parceiros mídia e justiça.
Um dos problemas do MP é que seus membros adoram aparecer na mídia.
Investigar Lula é uma obrigação.
Pedir a sua prisão alegando que sem isso o ex-presidente usará sua “rede violenta” para barrar as investigações é bravata. Os promotores de São Paulo que pediram a prisão de Lula exalam ideologia.
E ignorância.
Como nesta pérola: “o primeiro torneiro mecânico a fazê-lo de forma honrosa e democrática, certamente deixariam Marx e Hegel envergonhados.”
Confundiram Engels com Hegel.
Vai se preciso colocar o MP na posição correta. Está de cabeça para baixo.
Enquanto isso, depois de mandar conduzir Lula coercitivamente sem antes tê-lo intimado a depor, o juiz Sérgio Moro fez palestra em evento organizado pela turma do tucano João Dória.
Tem muito senso de oportunidade o juiz Moro.
Tudo indica que Lula irá para a cadeia e Dilma para a planície.
A direita tem um argumento imbatível: não é porque se roubou no passado que se pode roubar agora.
Leia-se: não é porque roubamos no passado, no presente e possivelmente no futuro que a esquerda pode fazer o mesmo agora.
Qualquer ressalva produz o bordão: defendendo ladrão comunista, hein!
O PT merece o que está passando. Se não é o partido mais corrupto da história, até por falta de tempo em relação aos concorrentes, é um dos mais mentirosos. Cresceu como paladino da ética. Está morrendo como facção. As empreiteiras devem entregar mais ainda. Dilma é um fantasma que anda.
O PMDB prepara-se para moralizar o Brasil.
Com Michel Temer no poder, Marx e Hegel não se envergonharão.
Já Engels dará gargalhadas.


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