segunda-feira, 24 de junho de 2013

Pequenas editoras se viabilizam com tiragens reduzidas


Pequenas editoras se viabilizam com tiragens reduzidas
Empresas oferecem impressão sob demanda, a partir de cinco exemplares

Ao mesmo tempo em que cresce a publicação de livros digitais, pequenas editoras apostam em livros de papel e autores estreantes.
Para isso, trabalham com pequenas tiragens ou impressão sob demanda.
O serviço favorece principalmente acadêmicos, que podem imprimir material para seus alunos ou publicar suas pesquisas. Também atende a nichos de mercado com menor demanda.
Jaime de Andrade, 71, da gaúcha Cidadela Editorial, teve uma gráfica falida nos anos 1970. E ficou com muitos livros que os autores que imprimia não venderam.
Agora faz um número mínimo de cinco cópias --a impressão é realizada em equipamentos digitais. O mais trabalhoso, diz, é costurar a capa à mão.
A Multifoco, do Rio de Janeiro, surgiu como resultado de um trabalho de graduação em jornalismo. Leonardo Simmer, 32, queria publicar uma revista que tinham produzido especializada em polo aquático. Percebeu que, como o público é restrito, não seria viável trabalhar com as tiragens praticadas pela maioria das editoras.
Em 2009, a empresa se instalou em uma casa no bairro da Lapa, utilizada para fazer lançamentos de seus autores e eventos musicais.
A editora trabalha com uma tiragem de ao menos 30 exemplares. Antes da publicação, são feitas análise e seleção do material enviado. Leonardo diz que, dos cerca de 200 livros que recebe por mês, 50 são lançados.

DIGITAL

Na Publit, empresa que nasceu na incubadora de negócios da PUC-RJ, no início focada em trabalhos acadêmicos, os livros ficam expostos na internet e a impressão só é feita após o pedido.
Para autores, a empresa oferece serviço customizado. Podem ser contratados serviços como revisão gramatical e conteudistas, que ajudam a escrever o livro, afirma Fernando Botto, 39, diretor comercial.
A AlphaGraphics também atua com livros sob demanda, que são apresentados no site Agbooks e impressos nas franquias da rede. Como vantagem do modelo, Rodrigo Abreu, 39, destaca o fato de os livros expostos na internet poderem ser atualizados constantemente:
"Essa facilidade faz muito sentido em matérias como tecnologia, ciência e direito tributário, em que as mudanças são constantes".


Notícia publicada na Folha de São Paulo.

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