sábado, 16 de abril de 2016

O dia da vingança chegou


O jornal New York Times diz que uma gangue vai julgar Dilma.
O francês Le Monde afirma que Michel Temer é um especialista em intrigas palacianas.
The Guardian fala em ruptura institucional.
Quando FHC doou dinheiro, no Proer, para salvar bancos privados a direita não pediu sua queda.
Dilma cometeu o crime de mandar banco público adiantar dinheiro de programa social.
Aí é grave.
O PT cometeu muitos crimes. Atolou-se na corrupção.
Mas o seu crime mais grave, do ponto de vista da oposição, foi um dia ter apontado o dedo para os outros e gritado: “Corruptos!” Se tivesse entrado no clube sem moralismo, não seria cobrado e poderia roubar.
O agravante são as três vitórias consecutivas do PT e a possibilidade de uma quarta.
Defesa do petismo corrupto?
Nada mais simplificador.
Ataque ao moralizador associado a uma gangue.
Fora todos! Seria mais justo.
Quem se alia com Eduardo Cunha não merece confiança.
O interesse pelo combate à corrupção é mínimo.
A vibração é com outra coisa: chegou o dia da vingança contra o petismo no governo.
Dia de revanche contra cotas, bolsa-família, pobre em avião, Minha casa Minha vida e outras migalhas.
Eduardo Cunha é o instrumento da cleptocracia que esfrega as mãos.
A mídia prepara-se para emplacar mais um golpe.
Dilma será julgada por uma coisa e condenada por outras.
Impeachment é o instrumento legal que permite a um tribunal político condenar o presidente da República sem provas. Estamos no falso parlamentarismo ou no presidencialismo de mentirinha. O impeachment será um voto de desconfiança. O STF vai lavar as mãos? Marco Aurélio Mello será o único ministro capaz de se opor ao militantismo de Gilmar Mendes e ao medo dos demais? As ministras Carmen Lúcia e Rosa Weber só dizem “acompanho o relator”.  Ao menos não se pode mais acusar os ministros indicados pelo PT de petismo. Toffoli foi fagocitado por Gilmar. Facchin morre de medo de ser chamado de governista. Vota todas contra Dilma. A “julgabilidade” do STF é um só um palavrão.
No domingo, tudo começará em alto estilo com o voto de Abel Galinha.
Na sequência, centenas de investigados por corrupção tentarão derrubar uma presidente que não é ré em qualquer processo judicial e em relação à qual não se provou qualquer ato de desonestidade.
A verdade precisa ser dita.
Eu poderia vibrar. O PT vai se ferrar. O PT já me ferrou.
Mas tenho um compromisso com a minha consciência.
Só digo o que penso a ser verdade.
A verdade está na capa do New York Times.
Uma gangue vai julgar Dilma!

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