Um conjunto de estátuas, moedas e outros objetos com 1.600 anos de antiguidade foi encontrado na área do antigo porto de Cesareia, na mais importante descoberta do tipo em 30 anos, anunciaram as autoridades israelenses.
Os israelenses Ran Feinstein e Ofer Raanan encontraram por acaso objetos de bronze quando praticavam mergulho em abril, informou a Autoridade de Antiguidades de Israel.
Os dois alertaram o governo e outros mergulhos permitiram encontrar vários objetos do período romano tardio, vestígios da carga de um navio mercante que aparentemente transportava metal destinado a ser reciclado ou derretido.
Foram encontrados no porto mediterrâneo uma lâmpada de bronze com a imagem do deus Sol, uma estátua da deusa Lua, uma lâmpada com a efígie de um escravo africano, fragmentos de estátuas de bronze e peças com o formato de animais, assim como âncoras e diversos objetos de navegação. A carga também contava com antigas peças de moeda que pesam 20 kg.
Estas peças têm a imagem do imperador Constantino, que reinou primeiro na parte ocidental e depois em todo o império romano até sua morte no ano 337, e a de Licínio, seu rival que reinou na parte oriental e foi derrotado em 324.
Jacob Sharvit, diretor da unidade marítima da Autoridade de Antiguidades, afirmou que o navio aparentemente foi surpreendido por uma tempestade na entrada do porto. Depois ficou à deriva até bater contras as rochas e o dique, após uma tentativa de usar as âncoras, que se romperam pela força das ondas e do vento.
"Não encontramos em Israel uma carga marítima como esta há 30 anos", afirmaram Jacob Sharvit e seu auxiliar Dror Planer, citados em um comunicado. "As descobertas de estátuas de metal são raras porque na Antiguidade eram derretidas", destacam.
Cesareia foi construída pelo rei da Judeia, Herodes, no século I antes de Cristo. Seus importantes vestígios das épocas romana e medieval fazem desta localidade uma das grandes atrações de Israel.
Reprodução da Folha de São Paulo.
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