quarta-feira, 25 de março de 2015

Ilha do Caribe quer descartar rainha Elizabeth como sua chefe de Estado

Ilha do Caribe quer descartar rainha Elizabeth como sua chefe de Estado

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A ilha de Barbados, no Caribe, planeja dispensar a rainha Elizabeth 2ª, do Reino Unido, como sua chefe de Estado e se transformar em uma república a partir de 2016.
A mudança constitucional foi defendida pelo primeiro-ministro da ilha caribenha, Freundel Stuart, mas ainda terá de ser aprovada por maioria de dois terços nas duas Casas do Parlamento. A líder da oposição no país, Mia Mottley, não comentou a proposta.
A ideia é que Barbados se torne república em novembro de 2016, quando o país de pouco menos de 300 mil habitantes celebra o 50º aniversário da sua independência.
"É um pouco estranho que, em pleno 2015, ainda tenhamos de nos erguer e, em vez de jurar lealdade a Barbados, jurá-la a 'sua majestade, a rainha'", disse Stuart numa reunião do Partido Democrático Trabalhista, sigla do governo.
Com a mudança, afirma o primeiro-ministro, Barbados continuará sendo membro da Commonwealth (Comunidade Britânica), que inclui 53 Estados, a maioria deles antigas colônias do Reino Unido.
Fazem parte da Commonwealth países que têm chefes de Estado próprios (como África do Sul, Índia e Paquistão) e outros nos quais, formalmente, o chefe de Estado é a rainha Elizabeth --por exemplo, Canadá e Austrália.
A ilha, ocupada por colonos ingleses a partir do século 17, foi a única do Caribe que não trocou de mãos durante as guerras entre espanhóis, britânicos, holandeses e franceses. Permaneceu sob o domínio do Reino Unido até a sua independência, em 1966.
O debate republicano é travado há anos em Barbados entre habitantes mais velhos, que veem na rainha um símbolo de estabilidade, e nacionalistas mais jovens, que a consideram um anacronismo.
Um porta-voz do Palácio de Buckingham afirmou, na segunda-feira (23), que a questão competia exclusivamente "ao governo e ao povo de Barbados". O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse esperar que a decisão do país seja "coerente com sua autodeterminação".


Reprodução da Folha de São Paulo.

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