Bellini foi internado na noite de quarta-feira (19 de março), no Hospital Nove de Julho, em São Paulo, aos 83 anos de idade. Ele sofria há mais de 10 anos com o Mal de Alzheimer.
No mês passado, após ficar hospitalizado por 60 dias, passou a receber acompanhamento médico em casa. O quadro da doença estava piorando gradativamente e, há cerca de três anos, o ex-zagueiro perdeu a fala.
No fim do ano passado, por exemplo, o capitão da conquista de 58, na Suécia, havia sido internado, mas voltou a sentir os mesmos problemas agora. Bellini foi campeão mundial pela Seleção também em 1962, no Chile, quando cedeu a faixa de capitão a Mauro.
Bellini, o eterno capitão verde-amarelo
Bellini foi o primeiro capitão da Seleção Brasileira a conquistar uma Copa do Mundo, em 1958. Ele ficou conhecido no mundo todo como o precursor do gesto de levantar a taça. Segundo relatos, após a conquista de 58, o capitão recebeu a Jules Rimet e os fotógrafos, que não conseguiam ver o troféu, pediram para que ele o levantasse, imortalizando assim tal ato.
Nascido em Itapira-SP, em 7 de junho de 1930, Hilderado Luiz Bellini começou a jogar em 1949, na Esportiva São Joanense. Transferiu-se ao Vasco da Gama em 1952, onde permaneceu até 1961. Foi jogando pelo time de São Januário que o zagueiro conquistou os únicos títulos em clubes: três Campeonatos Cariocas, em 1952, 1956 e 1958, e um Torneio Rio-São Paulo, em 1958.
Em 1962, o zagueiro foi para o São Paulo, onde ficou até 1968. Mesmo não conquistando nenhum título com a camisa do time do Morumbi, Bellini jogou com a mesma garra e seriedade que sempre foram a marca registrada dele. Em 1969, encerrou a carreira no Atlético-PR.
Com a camisa da Seleção Brasileira, o zagueiro conquistou as Copas do Mundo de 1958 e 1962. Apesar de não ser dos mais habilidosos da história, Bellini se destacava por ser um jogador com muita raça e força. Até por isso, foi o capitão da conquista de 58.
A foto levantando a Taça Jules Rimet com as mãos sobre a cabeça é uma das marcas do futebol brasileiro, e passou a ser repetida por todo capitão em caso de título. Bellini, que tem uma estátua na porta do Estádio Maracanã em homenagem e simbolizando o gesto, deixa mulher e dois filhos.
Reprodução do Terra.
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