Sem ser jornalista profissional, o economista Paul Krugman, Nobel de 2008, há anos é a palavra mais importante no jornalismo americano. Tanto no que se refere à política interna como à internacional, a numerosos países e, claro, à economia em todos os sentidos. A proporção de acerto das suas percepções e ponderações impressiona, e é única hoje em dia.
Por alguma razão, ou, mais provável, por várias, sua participação no "Fórum Brasil: diálogos para o futuro", realizado pela "Carta Capital", não provocou nos jornais, tevês e rádios o desejo de dar-lhe o destaque das coisas importantes ou interessantes. Por exemplo:
"Há um bom tempo o Brasil não é mais um país tão vulnerável, e o que aconteceu (ao real) foi uma depreciação benigna. Sim, houve um aumento da inflação, mas não há descontrole. E disciplina fiscal e dívida externa não são mais fatores importantes, como no passado".
Ou: "Desta vez, a América Latina e o Brasil conduziram-se muito bem na crise [da economia americana e dos efeitos que os problemas americanos produziam na América Latina, e desta vez produziram na Europa].
Parece com a multidão de opiniões que jornais, rádios e tevês lançam sobre o país todos os dias, em todas as horas, por seus comentaristas de economia? Calma, não generalizo. Há ressalva: uma.
Trecho da coluna de Jânio de Freitas na Folha de São Paulo.
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