segunda-feira, 8 de abril de 2013

Reino Unido insta sauditas a desistirem de sentença


Reino Unido insta sauditas a desistirem de sentença
Rapaz foi condenado à 'paralisia' no país árabe

O governo britânico pediu ontem que a Arábia Saudita não coloque em prática a sentença "grotesca" dada a um rapaz por um crime cometido quando tinha 14 anos.
Ali al-Khawahir, hoje com 24 anos, foi condenado à "paralisia" por ter esfaqueado um amigo há dez anos, deixando-o paraplégico.
Segundo a organização Anistia Internacional, Al Khawahir será paralisado da cintura para baixo, a não ser que pague 1 milhão de riais sauditas (cerca de R$ 540 mil) em compensação à vítima.
"Instamos as autoridades sauditas a assegurar que essa punição grotesca não seja realizada. Tais práticas são proibidas pelo direito internacional e não têm lugar em nenhuma sociedade", disse um porta-voz da chancelaria do Reino Unido.
Uma sentença similar foi imposta a um homem em 2010, com base na lei de Talião (de reciprocidade no castigo), mas não se sabe se chegou a ser cumprida.
A Anistia Internacional argumenta que, se implementada, a sentença vai ferir a Convenção da ONU contra a Tortura e os princípios de ética médica adotados pela Assembleia Geral da ONU.
"Paralisar alguém como punição por um crime seria uma tortura", disse a vice-diretora da Anistia para o Oriente Médio, Ann Harrison.

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