sexta-feira, 30 de outubro de 2020

O tempo

 Carrego meus fantasmas

Dentro de um armário

Entalhado no peito

Eu sou o que tenho feito

Apesar do grande defeito,

De sonhar mais que o pássaro,

Que voa sem fazer cálculos.

Eu sou eu e os meus cacos

Uma caneca de louça sem asa

Uma latinha de pastilhas

Fotos de minhas filhas

Lembranças feito ilhas

De um futuro no passado,

O presente encarcerado,

Lobo depois das trilhas,

O olhar depois das chuvas.

Do blogue do Juremir Machado da Silva

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