Nas sombras das renovadas manifestações em massa no Egito, o país testemunhou na última semana nova onda de abusos sexuais contra mulheres. Ao menos 91 foram estupradas no período de quatro dias, de acordo com a organização Human Rights Watch.
Apesar de o abuso sexual permanecer uma grave questão social no país, a situação tem tido melhora expressiva, de acordo com a feminista Fatemah Khafagy, líder de um escritório governamental de combate ao estupro.
À Folha, ela nota que a Polícia passou a cooperar com ativistas de maneira inédita, em especial desde o golpe militar que depôs o presidente islamita Mohammed Mursi, na quarta-feira. "Agora, eles não estão mais do lado dos islamitas."
"As forças de segurança estão lidando com a questão seriamente, agora. Temos de capitalizar isso e parar de culpar a Polícia."
Para Khafagy, a recente onda de abusos sexuais é obra de islamitas, ainda que ela afirme não ter nenhuma evidência que aponte para essa direção. "Eles querem assustar as mulheres e fazer a praça parecer um lugar ruim."
"O que me assusta é que os ataques são organizados. São gangues, e devem ser pagos. Temos de saber quem são essas pessoas", afirma.
Reprodução de notícia da Folha de São Paulo.
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