Ontem, quarta-feira, 15 de maio de 2013, vivi uma experiência incrível.
Uma aventura ordinária na parada do ônibus.
Cheguei ao ponto, em frente à PUC, sentido bairro-centro, às 18h35min.
Pretendia pegar o D43.
Era uma decisão madura, fruto do cansaço em relação ao lotação Ipiranga-PUC via Osvaldo Aranha, que passa de vez em quando.
Concluí que é menos desgastante andar em pé, no horário de pico, pisoteado dentro do D43 lotado, do que esperar o lotação sem previsão de horário.
Eram 19h12min, ou seja, quase 40 minutos depois, quando passou…
O quê?
O D43?
Não. O lotação Ipiranga PUC via Osvaldo Aranha.
Pela primeira vez na minha vida, depois de quase 40 minutos de espera, vi o lotação aparecer primeiro que o ônibus. Fazia frio, ventava, chuviscava.
O trânsito fluía tranquilamente.
O que terá acontecido?
Vários ônibus da linha D43 quebraram?
Seria uma vingança cruel, estudada e ardilosa da Carris, no quadragésimo dia da redução do preço das passagens de ônibus, contra os estudantes que derrotaram as empresas e a Prefeitura com as suas manifestações?
Foi um dia especial na minha vida.
Ando de lotação e de ônibus todos os dias.
Nos horários de pico, todos sabem o refrão: demora e carros lotados.
Senti orgulho.
Orgulho de ser um homem comum que sente frio, angustia-se, espera o ônibus que não vem, resmunga, compartilha com as 112 pessoas da fila o seu aborrecimento e sabe que não será ouvido nem levado em consideração.
Um pouco mais e teríamos cantado aquela música do Zé Ramalho:
Ô vida de gado, povo marcado, povo feliz…
Não é assim?
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