O capitão ficou maluco! Você não pode perder a chance de aproveitar os descontos extraordinários nos tributos devidos por seu templo religioso! É pra zerar a dívida! Quase R$ 1 bilhão! O Messias voltou e vai praticar o perdão para você que crê em Deus, mas não crê na Contribuição Social sobre Lucro Líquido!
Abra agora mesmo o seu templo religioso e tenha êxito em todos os seus problemas financeiros! Vocênunca mais vai ver um boleto! De quebra, você ganha carta branca para acusar por três vezes, diante do espelho, os artistas brasileiros de mamar nas tetas do Estado!
Não compre arroz agulhinha antes de ver a próxima oferta!
Começou a Green Fry Day! Queima total no Pantanal, Amazônia e reservas florestais adjacentes! Pode passar a boiada! Chã, patinho e lagarto com trânsito livre pelas áreas devastadas em tempo recorde! Reservas indígenas com 70% de desconto, sem juros no Cartão Bandeirante! Hectares inteiros a preço de fábrica!
Atenção, atenção, infrator! Chegou a hora de aproveitar os descontos extraordinários nas multas do Ibama! Quer pagar quanto? É o Desafio Semana do Consumidor: encontre um fiscal atuante do Ministério do Meio Ambiente que nós o exoneramos imediatamente. Satisfação garantida!
Yes, nós temos banana! Veja as nossas condições especiais para americanos. Traga o encarte que cobrimos qualquer oferta! Como disse o patrão: “A Amazônia não pode ser esquecida. Temos muitas riquezas. Gostaria muito de explorá-la junto com os Estados Unidos”.
Não pare de ler agora! A liquidação do Estado brasileiro não tem hora para terminar!
Já fez a sua rachadinha hoje? Com o nosso programa de fidelidade, você não ganha apenas o seu salário! Na aquisição
de cinco funcionários de gabinete, você acumula 20% dos ordenados alheios!
E, se você for uma pessoa de sorte, ainda pode ser contemplado com nosso prêmio especial: um cheque de R$ 89 mil direto na sua conta corrente! (*).
O último a sair apague o SUS.
(*) O cheque pode ser depositado na sua conta, pode cair na conta de algum parente indicado por você ou pode ser trocado por notas de R$ 200.
Texto de Renato Terra, na Folha de São Paulo.
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