Documento autoriza morte de americano que é 'ameaça'
Ligados à Al Qaeda não precisam de julgamento
Pela primeira vez, um documento que respalda a execução, sem julgamento, de americanos supostamente ligados à Al Qaeda foi tornado público nos EUA.
O texto de 16 páginas do Departamento de Justiça -divulgado pela rede NBC News- determina que é legal matar um cidadão americano se um "um alto funcionário" decidir que o alvo "representa uma ameaça iminente de ataque violento contra os EUA".
Não é necessário, portanto, haver dados de inteligência que indiquem sua associação com a Al Qaeda ou com um plano de ataque aos EUA.
Em 2011, a justificativa já havia sido usada pelo governo para defender a morte do clérigo Anwar al Awlaki num ataque com drone (avião não tripulado) no Iêmen. Mas só agora a orientação aparece num documento oficial.
O texto determina que, além de constatar a "ameaça iminente" -critério subjetivo o suficiente para gerar ações controversas-, seria preciso determinar que não há condições de capturar a pessoa e que a ação será conduzida "de maneira consistente com os princípios da lei da guerra".
O assunto volta à tona na semana em que será sabatinado no Senado o indicado por Obama para assumir a CIA (Inteligência), John Brennan, um dos "arquitetos" da campanha do uso de drones.
Notícia da Folha de São Paulo, de 6 de fevereiro de 2013.
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