O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, deu nesta terça-feira o início à marcha em apoio ao processo de paz entre seu governo e as Forças Armadas da Colômbia (Farc) com uma homenagem aos integrantes das forças de segurança caídos em combate e às vítimas que deixou o longo conflito armado interno.
Santos discursou diante de cerca de 12 mil policiais e militares no Monumento aos Heróis Caídos de Bogotá, acompanhado por sua esposa, María Clemência Rodríguez, e pelo cantor Fonseca, estes últimos vestidos com uma camiseta branca com os dizeres: "minha contribuição é acreditar".
O presidente iniciou a cerimônia com um minuto de silêncio em homenagem aos militares e policiais mortos e depois se referiu a "milhares e milhares de vítimas que este pesadelo de 65 anos causou", em alusão à violência que começou na Colômbia em 9 de abril de 1948 com o assassinato do político liberal Jorge Eliécer Gaitán.
O governante lembrou que o episódio, conhecido como "O Bogotaço", deu início ao conflito que o governo agora tenta encerrar com o diálogo que realiza em Havana com as Farc desde novembro passado.
"A paz é a vitória de qualquer soldado, de qualquer policial. E isso é o que vamos conseguir, a vitória, a paz", disse o líder ao agradecer o trabalho destas instituições, que afirmou estarem comprometidas com o fim do conflito.
Santos afirmou ainda que a mobilização, que espera reunir nas ruas de Bogotá dezenas de milhares de colombianos chegados de diferentes pontos do país, é um tributo a todas as vítimas.
Além disso, pediu aos colombianos que participem da marcha pensando "como seria este país em paz".
"Imaginem o que poderíamos ser como sociedade e pátria em um ambiente de paz e sem conflitos", ressaltou.
Milhares de pessoas já tomaram as ruas de forma pacífica em vários pontos da capital colombiana e todas têm um destino comum: a Praça de Bolívar, epicentro dos três poderes do Estado, já que abriga as sedes do Executivo, do Legislativo e do Poder Judiciário.
A manifestação pacífica foi convocada por iniciativa do movimento esquerdista Marcha Patriótica, mas nas últimas semanas se somaram os governos nacional e local, a Igreja Católica, as guerrilhas e a sociedade civil.
A exceção foram os setores ultraconservadores, os únicos que hoje não sairão à rua para apoiar o processo de paz que se desenvolve em Cuba.
Notícia da EFE, vista no Terra.
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