sábado, 11 de dezembro de 2021

Presidente Bolsonaro desmascarou a ditadura que é escovar os dentes


Graças ao empenho do presidente Jair Messias Bolsonaro, há dois anos eu conquistei a liberdade de não escovar os dentes. Não sou mais cobaia dessa indústria odontológica. A ficha caiu e a farsa foi desmontada.

O caminho não foi fácil. O hálito da liberdade, por exemplo, afastou minha mulher. Sempre suspeitei que Adalmira tinha um pé no comunismo dental. Aquele antisséptico bucal vermelho nunca me enganou. Mas não desviei um centímetro. Melhor perder o casamento do que perder a liberdade.

Meu ato heroico em prol da liberdade me custou dois molares, um canino e um incisivo central. Em compensação me rendeu um emprego na Jovem Pan. Hoje sou comentarista do quadro Dente por Dente, Olho por Olho, e defendo que o movimento antiflúor é um ato de resistência política. "Melhor perder o sorriso que perder a liberdade" é o meu slogan.

A ditadura da higiene vem tolhendo nossa liberdade há muito tempo. É preciso dar um basta nisso. Antigamente é que era bom. Os homens das cavernas não perdiam a virilidade com esse mimimi de fio dental, pasta de dente, escovinha. E ninguém morria por causa disso.

Eu mesmo não morri depois que parei de escovar os dentes. Não há registro de pessoas que morreram por falta de flúor. O que prova, de maneira inequívoca, que a higiene bucal é uma falácia criada pelos próceres do marxismo sanitário.

O movimento está crescendo. Mais pessoas estão acordando para o risco de terem suas liberdades roubadas. Ontem mesmo me reuni com os líderes dos movimentos antidesodorante e antixampu. Foi um encontro virtual. Cada um na sua casa. Mas consegui mostrar para todos que, graças ao apodrecimento da minha boca, a minha gengiva jamais será vermelha.

Estão deixando a gente sonhar com a liberdade total. Caso Bolsonaro seja reeleito, chegará o dia em que nenhum homem jamais precisará prender um peido. Ou frequentar um dentista cubano. A ditadura da higiene está acabando. Chora, esquerdalha!

Até lá, continuarei a minha luta diária. As dores de dente são atrozes, mas a liberdade é mais importante. Meus filhos passam os finais de semana aqui e ainda não consegui convencê-los a aderir ao movimento antiflúor. Enzo mantém uma distância de dois metros quando conversamos. Gabriel parou de falar comigo. Tudo bem. Melhor perder os filhos do que perder a liberdade.


Texto de Renato Terra, na Folha de São Paulo

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