Bulgária enfrenta grave crise demográfica na era pós-comunista
Especialista afirma que, no ritmo atual, população desapareceria em 300 anos
Vinte e dois anos após o fim do regime comunista no país, a Bulgária enfrenta uma série crise demográfica, agravada pelo envelhecimento populacional. As razões explicadas para esse fenômeno, segundo especialistas ouvidos pelo site Prensa Latina são o forte fluxo migratório e a precária situação econômica, agravada pela crise da União Europeia, bloco o qual integra desde 2007.
Em 1989, a população do país era de 9,009 milhões de habitantes. Três anos depois, cai dramaticamente para 8,487 milhões. Em 2001, ela caiu para 7,932 milhões e, dez anos depois, segundo o último cálculo, está em 7,364 milhões de residentes em suas fronteiras. Ou seja, em 23 anos, os habitantes diminuíram em 1,7 milhão de pessoas. Atualmente, a Bulgária possui a mesma população que totalizava na década de 50.
De acordo com dados oficiais da Comissão Europeia, aos dígitos negativos da população soma-se também a questão do envelhecimento demográfico: a porcentagem de pessoas maiores de 65 anos de idade aumentou 18,5% em 2011, enquanto há uma década tal índice era de 16,8%. Ao mesmo tempo o número de menores de 15 anos caiu de 15,3% para 13,2% no total da população.
Em consequência, se em 1990 as búlgaras em idade fértil somavam pouco mais de duas milhões, em 2010 diminuíram para 1.757.000, segundo indicam os dados estatísticos.
Com os salários e pensões mais baixos na Europa, e seu consequente encolhimento do consumo, a pobreza que afeta 25% dos búlgaros move os jovens a olhar aos países como opções para melhora de vida. Aproximadamente 500 mil búlgaros residem nos países da zona euro, segundo a CE. Dentre eles, 32% na Espanha, 15% no Reino Unido e 13% na Alemanha.
Em 1989, a população do país era de 9,009 milhões de habitantes. Três anos depois, cai dramaticamente para 8,487 milhões. Em 2001, ela caiu para 7,932 milhões e, dez anos depois, segundo o último cálculo, está em 7,364 milhões de residentes em suas fronteiras. Ou seja, em 23 anos, os habitantes diminuíram em 1,7 milhão de pessoas. Atualmente, a Bulgária possui a mesma população que totalizava na década de 50.
De acordo com dados oficiais da Comissão Europeia, aos dígitos negativos da população soma-se também a questão do envelhecimento demográfico: a porcentagem de pessoas maiores de 65 anos de idade aumentou 18,5% em 2011, enquanto há uma década tal índice era de 16,8%. Ao mesmo tempo o número de menores de 15 anos caiu de 15,3% para 13,2% no total da população.
Em consequência, se em 1990 as búlgaras em idade fértil somavam pouco mais de duas milhões, em 2010 diminuíram para 1.757.000, segundo indicam os dados estatísticos.
Com os salários e pensões mais baixos na Europa, e seu consequente encolhimento do consumo, a pobreza que afeta 25% dos búlgaros move os jovens a olhar aos países como opções para melhora de vida. Aproximadamente 500 mil búlgaros residem nos países da zona euro, segundo a CE. Dentre eles, 32% na Espanha, 15% no Reino Unido e 13% na Alemanha.
Internacionalmente, estipula-se que a taxa de fertilidade ideal para um país seja de 2,2 crianças nascidas por mulher para a ocorrência de um crescimento populacional positivo. Os números populacionais búlgaros, embora modestos, mostravam uma ligeira melhora a longo prazo: de 1,4 em 2007 para 1,7 em 2050. Mas essa tendência pode sofrer um revés com o aumento do impacto da crise, reconhece a diretora do Instituto Nacional de Estatísticas, Mariana Kótseva. Ela afrmou que tal tendência poderia ser invertida se as condições econômicas no país melhorarem.
Para o caso da Bulgária, a alta taxa de desemprego, estipulada em 11,4% (ou 380 mil trabalhadores) constitui atualmente a principal preocupação econômica do país. Outro dado alarmante é o índice de desocupação juvenil, de 28,9%. As duas taxas estão em tendência de crescimento.
Como agravante, a Bulgária é o segundo pior país na União Europeia em índices de mortalidade infantil, na frente apenas da Romênia, com 9,4 mortes a cada mil nascidos vivos, mais do dobro da média da UE (4,3 a cada mil nascidos vivos).
Segundo os prognósticos, em 2015 os menores de 14 anos de idade contabilizarão 994 mil. E se a tendência de envelhecimento perdurar, em 2050, esse número será reduzido drasticamente para 720 mil, enquanto a população terá caído para 5,5 milhões.
Outro indicador que incide no envelhecimento é o aumento da idade a que uma mulher dá à luz a seu primeiro filho. Em 1995, esse índice era de 22 anos. Hoje, subiu para 26. Conforme dados oficiais, um quarto das mulheres entre 30 a 34 anos de idade e pouco mais de 16% das compreendidas na faixa de 35 a 39 anos jamais tiveram filhos.
“São estremecedoras as cifras relativas a nosso desenvolvimento demográfico. Os jovens não têm pressa para se casarem e adiam o nascimento dos filhos”, afirma o especialista em medicina social Totiu Naidenov e redator-chefe do jornal búlgaro Médico. "Há muito tempo alertopara isso. Já em 1988, publiquei um de meus livros intitulado “Os filhos dos quais não podemos prescindir”, no qual chegava a demonstrar que, dentro de 300 anos, morrerá o último búlgaro", indicou Naidenov.
Durante as primeiras nove décadas do século XX, a Bulgária só perdeu população em 1913, quando enfrentou as Guerras Balcânicas, e entre 1917 e 1918, anos finais da Primeira Guerra Mundial, quando o Estado do leste europeu foi derrotado. Mas em 1990, ano da volta das eleições multipartidárias, o país voltou a retomar irremediavelmente a demografia negativa.
Como agravante, a Bulgária é o segundo pior país na União Europeia em índices de mortalidade infantil, na frente apenas da Romênia, com 9,4 mortes a cada mil nascidos vivos, mais do dobro da média da UE (4,3 a cada mil nascidos vivos).
Segundo os prognósticos, em 2015 os menores de 14 anos de idade contabilizarão 994 mil. E se a tendência de envelhecimento perdurar, em 2050, esse número será reduzido drasticamente para 720 mil, enquanto a população terá caído para 5,5 milhões.
Outro indicador que incide no envelhecimento é o aumento da idade a que uma mulher dá à luz a seu primeiro filho. Em 1995, esse índice era de 22 anos. Hoje, subiu para 26. Conforme dados oficiais, um quarto das mulheres entre 30 a 34 anos de idade e pouco mais de 16% das compreendidas na faixa de 35 a 39 anos jamais tiveram filhos.
“São estremecedoras as cifras relativas a nosso desenvolvimento demográfico. Os jovens não têm pressa para se casarem e adiam o nascimento dos filhos”, afirma o especialista em medicina social Totiu Naidenov e redator-chefe do jornal búlgaro Médico. "Há muito tempo alertopara isso. Já em 1988, publiquei um de meus livros intitulado “Os filhos dos quais não podemos prescindir”, no qual chegava a demonstrar que, dentro de 300 anos, morrerá o último búlgaro", indicou Naidenov.
Durante as primeiras nove décadas do século XX, a Bulgária só perdeu população em 1913, quando enfrentou as Guerras Balcânicas, e entre 1917 e 1918, anos finais da Primeira Guerra Mundial, quando o Estado do leste europeu foi derrotado. Mas em 1990, ano da volta das eleições multipartidárias, o país voltou a retomar irremediavelmente a demografia negativa.
Texto do Opera Mundi.
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