sexta-feira, 22 de julho de 2011

Criminal, sobre a Editora do Senado


CRIMINAL

A Editora do Senado tem posição única na edição brasileira. Já vasto, seu catálogo é feito de obras de grande importância para o conhecimento da história política e cultural do Brasil, com preciosidades pouco conhecidas e autores já pouco lembrados. São, em geral, livros essenciais à formação de historiadores, sociólogos, intelectuais de melhor erudição. E livros, muitos deles, não encontrados, antes, mesmo em bibliotecas universitárias.
A reforma administrativa esboçada por uma subcomissão no Senado ameaça a editora. É forte a propensão para transformá-la em editora de obras dos próprios senadores. Teríamos, é fácil antever, um catálogo continuado com livros de quadrinhas e sonetos, artiguetes escritos por assessores para assinatura senatorial e, sem dúvida, farta produção de publicações com fins eleitorais. A reforma quer cometer um crime cultural.


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