Supervalorizado após a divulgação da última pesquisa Datafolha, o dólar venceria em primeiro turno se as eleições fossem hoje.
"O Mercado, essa entidade, tem mais influência no processo eleitoral que o Comitê de Direitos Humanos da ONU", lamentou Lula.
Analistas, no entanto, consideram improvável que a moeda americana consiga transferir popularidade para Geraldo Alckmin, o candidato do Mercado.
"Encomendamos uma pesquisa num cenário sem Lula, sem Bolsonaro, Marina, Ciro, Haddad, Boulos e sem Amoêdo. Nem assim o Geraldo ganhava", explicou, pausadamente, Túlio Pessegueira, o economista-chefe do Fundo Novo de Investimentos.
Nomes fortes do Mercado (essa entidade) se reuniram para traçar um cenário em que a moeda americana governe diretamente o Brasil.
"Chegamos ao máximo do Estado Mínimo: um sistema político sem presidente em que o Dólar governe sem intermediários. Esse negócio de democracia acaba atrapalhando os negócios. O melhor caminho para modernizar o Brasil e trazer a tão sonhada eficiência na administração pública é acabar com a administração pública", discursou Pessegueira, do Fundo Novo, num palanque. Em seguida, prometeu um IPO para fundar a Nova República.
Comovidos, milhares de brasileiros tomaram a avenida Paulista vestidos de verde para pedir intervenção constitucional do Mercado.
Em frente à Fiesp, foi inflado um imenso George Washington. "Estamos estarrecidos com a possibilidade de um segundo turno com Fernando Haddad. Precisamos comprar dólares visando uma estadia de quatro anos em Miami, mas está custando muito caro. Esse país é uma vergonha, vamos virar uma Venezuela", disse Laurinda Mourão Pinto, líder do Movimento Vem pra Disney.
Para acalmar novamente o Mercado, essa entidade, Lula estuda redigir uma nova Carta ao Povo Brasileiro.
Ao saber dos planos do ex-presidente, Sergio Moro determinou um bloqueio na carceragem para não deixar passar sequer uma caneta até o final das eleições.
CONTADOR
Estamos trabalhando há 161 dias sem saber quem matou —e quem mandou matar— Marielle Franco.
Reprodução de coluna de Renato Terra, na Folha de São Paulo.
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