segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Turquia julga militares israelenses por execução no navio Mavi Marmara em 2010



Turquia inicia julgamento por interceptação de navio em 2010

Quatro militares israelenses são acusados pela morte de 9 ativistas turcos

DE JERUSALÉM

Uma corte de Istambul deu início ontem ao julgamento à revelia de quatro comandantes militares israelenses pela interceptação de um navio com ativistas em 2010, que terminou com a morte de nove turcos.
O incidente gerou grave crise diplomática entre Israel e Turquia e uma onda de revolta contra o cerco à Gaza.
O navio Mavi Marmara, de bandeira turca, fazia parte de uma flotilha que tentava romper o bloqueio marítimo israelense à faixa de Gaza.
Israel alega que os ativistas mortos reagiram com violência à prisão após serem advertidos que não poderiam se aproximar da costa.
A promotoria turca pede prisão perpétua para quatro militares responsáveis pela interceptação, os quais acusa pela morte dos nove ativistas. Entre os acusados está Gabi Ashkenazi, que na época era o comandante das Forças Armadas de Israel.
A britânica Alexandra Lort Phillips, que estava a bordo do navio, foi a Istambul dar seu testemunho à corte.
"Os organizadores da flotilha não foram responsáveis pelas mortes", disse ao jornal turco "Zaman". "Após o ataque, os passageiros tentaram defender o navio."
A Turquia rejeita a alegação de Israel de que seus soldados agiram em legítima defesa e exige um pedido formal de desculpas para normalizar as relações diplomáticas, além de indenização às famílias das vítimas. O governo israelense reagiu com desdém e voltou a descartar um pedido de desculpas.
(MN)


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