Prisioneiros de lares para crianças da Alemanha Oriental são ignorados
Maximilian Popp
Steffen Winter
Abuso sexual, confinamento solitário e total desrespeito à lei – os lares para crianças na antiga Alemanha Oriental foram o inferno na Terra para muitos dos jovens que passaram por eles. Mas diferentes de seus pares sofredores na Alemanha Ocidental, eles ainda aguardam para uma reavaliação plena do passado.
Heidemarie Puls nunca se esquecerá do diretor do lar para crianças onde já viveu. O bom camarada a chamava com frequência demais ao seu escritório para que consiga esquecer, tocando em seus seios e pressionando sua boca contra o pescoço dela. “Por favor, pare”, implorava Puls. Em vez disso, o professor a agarrava, a forçava a deitar em uma cama e ordenava que ela o agradasse. O abuso era seguido pelo que ele considerava parte da educação dela: uma surra com uma vara.
Puls sofreu o mesmo destino que muitas outras crianças institucionalizadas na Alemanha Oriental –também conhecida como República Democrática Alemã (RDA). Colocadas aos cuidados do governo para protegê-las de seus padrastos, elas caíam vítima dos desejos de estranhos. O destino delas é comparável aos das crianças institucionalizadas na Alemanha Ocidental, cujo apuro agora está sendo tratado por um grupo chamado “Mesa Redonda para Crianças Institucionalizadas” em Berlim.
Mas Puls, 53 anos, é uma vítima de segunda classe. Quando a mesa redonda, presidida pela ex-vice-presidente do Bundestag, Antje Vollmer, do Partido Verde, recomendou em dezembro que as antigas crianças institucionalizadas deveriam receber uma indenização de 120 milhões de euros por meio de um fundo, o caso dela foi excluído. Os milhares de jovens que foram institucionalizados na Alemanha Oriental, à mercê de um sistema de educação adotivo arbitrário e desumano, nem foram mencionados em Berlim. Aproximadamente 21 anos após a queda do Muro de Berlim, a comissão ressuscitou na prática a fronteira entre as duas Alemanhas.
O mais notório reformatório na RDA
Manfred Kolbe, um ex-promotor público e juiz na Baviera e posteriormente secretário da Justiça do Estado oriental da Saxônia, atualmente é membro do Parlamento alemão, o Bundestag. Seu distrito inclui Torgau, local do mais notório reformatório na RDA. Kolbe acredita que os casos de abuso no antigo Estado comunista foram “provavelmente ainda mais severos” do que os ocorridos na Alemanha Ocidental. E “não foram casos isolados”, mas sim baseados em “um sistema de educação que envolveu a destruição sistemática da individualidade”. Para Kolbe, a ignorância da comissão é “amarga”.
As vítimas dos lares para crianças da Alemanha Oriental estão aguardando por tanto tempo quanto as vítimas no Oeste por uma investigação plena de seu passado. Com exceção de uma breve visita a Torgau pela ministra dos Assuntos Familiares da Alemanha, Kristina Schröder, e pela ministra da Justiça, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, nada foi feito. Manfred Kappeler, uma assistente social em Berlim, argumenta que as críticas públicas às condições nas instituições no Oeste “deveriam ser aplicadas de modo igualmente radical à educação pública na RDA”. Segundo Kappeler, as condições nas instituições eram “mais ou menos as mesmas” em ambos os lados da divisão durante aquelas décadas sombrias. A única diferença era que as vítimas no Leste não podiam nem mesmo teoricamente esperar a ajuda de policiais, promotores ou jornalistas.
A Alemanha Oriental manteve um sistema complicado de instituições normais para crianças, lares de recepção e observação, lares para jovens, lares para crianças especiais, instituições de trabalho juvenis e até mesmo um “lares especiais combinados” em Berlim. Ele produziu centenas de vítimas traumatizadas que deveriam se tornar “membros plenos da sociedade socialista”.
Nas garras do sistema socialista
As crianças, que frequentemente vinham de famílias com problemas, não podiam esperar muito afeto assim que ficavam sob custódia do Estado. O lema do educador soviético Anton Makarenko (“A pessoa moderna deve ser criada de um novo modo”) foi aplicado muitas vezes na Alemanha Oriental.
Em 2004, o Tribunal de Apelação de Berlim decidiu que a meta do “sistema de reeducação” alemão oriental era “transmitir aos alunos o sentimento de impotência individual e quebrar seu desejo individual de autoafirmação”. Isso era “incompatível” com os “princípios fundamentais de uma ordem constitucional liberal e democrática”.
Os cidadãos jovens da Alemanha Oriental podiam cair facilmente nas garras do sistema socialista de instituições para menores. As autoridades do partido ficavam sempre horrorizadas com a subcultura jovem, com seus ternos “Präsent-20” e óculos de aro marrom. Cabelo comprido e música ocidental eram vistos como suspeitos. Walter Ulbricht, o secretário-geral do Partido Socialista Unificado da Alemanha Oriental (SED), estabeleceu o padrão para o gosto musical desde cedo, insistindo que os alemães-orientais não deveriam copiar “o lixo que vem do Ocidente e colocar um fim ao monopólio do ié-ié-ié, ou seja lá o que for que estiverem cantando”.
Nos arquivos das agências de bem-estar do menor, os jovens eram caracterizados como arruaceiros, egressos, hippies, vagabundos, punks e skinheads – todos categorias do governo para “desvios normais”, pessoas que estavam sob observação. O Estado justificava suas ações, como uma agente de bem-estar do menor alemã-oriental escreveu em seu relatório final, com o argumento de que “é um caminho curto para o egresso escolar se tornar um criminoso”.
O Instituto para Serviços de Bem-Estar do Menor da RDA, em Ludwigsfelde, perto de Berlim, publicou materiais de ensino nos quais o termo “pouco educável” era definido. Segundo a definição, um jovem poderia ser considerado um caso problema simplesmente se ele ou ela tivesse um “sentimento relativamente estável de autoestima” e apenas exibisse um “reconhecimento ou experiência ocasional de sua incompetência, ou falta de qualquer tensão psicológica”. Egocentrismo era considerado suspeito, enquanto aqueles que faziam xixi na cama e roíam unha eram considerados fortes candidatos ao fracasso.
Inferno
Com os meninos, as transgressões eram geralmente brutalidade, desordem e aparência ruim, enquanto as meninas eram acusadas de “promiscuidade nas relações sexuais”, “estilo de vida antissocial” ou “pertencente a um grupo negativo”. As autoridades eram rápidas em institucionalizar os jovens que se destacavam na multidão. O Tribunal de Apelação de Berlim escreveu posteriormente em sua decisão que as autoridades na RDA fracassaram completamente em considerar “que os jovens, devido à sua formação e condições em que viviam, necessitavam de maiores cuidados por parte da sociedade”. Os “pouco educáveis” eram enviados para mansões, castelos, alojamentos de caça e antigos mosteiros expropriados. Mas apesar do ambiente atraente, a vida dentro dos muros do castelo era um inferno.
Ralf Weber tinha 17 anos quando perdeu tudo: suas roupas, sua liberdade e seu orgulho. Enquanto estava nu diante de seus atormentadores, com a cabeça raspada, foi perguntado a ele: “Você acredita no socialismo?” Quando seus olhos começaram a ficar vermelhos, seus professores gritaram: “Nós não choramos aqui!” Eles o surraram até ficar inconsciente, enfiaram sua cabeça em um vaso sanitário e deram descarga. Então o arrastaram até uma cela vazia e úmida e trancaram a porta. Weber lembra-se de ter sido colocado em confinamento solitário. Mas quanto durou? Quatro dias? Uma semana? Ele estava com frio, sem nada para comer e não conseguia dormir. Suas necessidades eram feitas em um balde de lata. Ele recebeu o mesmo tratamento que todos os novos moradores do lar para crianças. “Os professores só tinham uma meta: nos quebrar”, diz Weber.
Em 1967, a agência de bem-estar do menor da Alemanha Oriental emitiu um conjunto de regulamentações para confinamento solitário, mas prudentemente nunca o publicou. Segundo as regras, até mesmo crianças de 12 anos podiam ser colocadas em isolamento caso se recusassem a trabalhar, tentassem fugir ou precisassem ser “protegidas” de si mesmas. A cela mediria seis metros quadrados e seria “construída solidamente”, com “barras de ferro com um diâmetro de pelo menos 12 milímetros”. A cama seria dobrada contra a parede durante o dia e comportamento indisciplinado era proibido. “Se considerado culpado de danificar a cela, o menor deve ser responsabilizado por ela”, declarava as regras.
A Stasi e os lares para crianças
Em 1982, uma mãe horrorizada de Berlim escreveu uma carta para Margot Honecker, a ministra da Educação. Seu filho de 15 anos não queria retornar para um lar na região norte de Mecklemburgo. O menino tinha se transformado em suicida. O que aconteceu? O menino foi pego fumando e foi colocado em confinamento solitário por dois dias. A mulher exigiu que a ministra “proibisse imediatamente” as celas solitárias. A reação do departamento de bem-estar do menor foi rápida. Em uma declaração, ele escreveu que o isolamento “foi incorporado de modo apropriado em todo o complexo para garantir uma situação educacional estável”. Por esse motivo, ele concluiu, medidas adicionais eram “desnecessárias”.
Em Torgau, o local do reformatório mais brutal na RDA, um esforço abrangente para um levantamento do passado só começou no ano passado. Aproximadamente 93 vítimas de abuso sexual responderam a um apelo no memorial no local, enquanto outras 190 relataram abusos físicos e psicológicos. Elas descreveram como os responsáveis atacavam e estupravam meninos e meninas de sete anos, até mesmo levando as crianças para casa com eles nos fins de semana. Segundo um relatório investigativo, as condições nos reformatórios frequentemente eram piores do que nos presídios.
Manfred May trabalha para uma instituição cristã de serviço social no Estado oriental de Turíngia, onde aconselha antigas crianças institucionalizadas. Em uma referência ao “Arquipélago Gulag” do dissidente soviético Alexander Soljenitsyn, May chama o sistema alemão oriental de um “arquipélago de instituições para menores”. Ele já aconselhou centenas de pessoas que relataram violência, maus-tratos e abuso. “O número de instituições mencionadas é perturbadoramente grande.”
Nem todos conseguiam suportar as condições. Um jovem de 17 anos, que fugiu de Torgau enquanto estava sendo transportado, estava tão desesperado que saltou no Rio Elba e se afogou. Jovens usavam camisetas para se enforcarem, bebiam graxa industrial e engoliam agulhas. Um garoto se trancou em seu quarto, espalhou cera de chão em seu corpo e ateou fogo em si mesmo.
‘Torgau me destruiu’
No final de 1989, um adolescente tentou se sacrificar para que outros pudessem fugir. Ele disse para seus companheiros o matarem e pendurarem seu corpo nas barras da janela do dormitório, para atrair os guardas para o quarto. O garoto foi estrangulado com um lençol até ficar inconsciente, mas sobreviveu. A tentativa de fuga fracassou. Quase todos os ex-presos sofrem dos efeitos do abuso até hoje. Muitos são inválidos. “Torgau me destruiu”, diz Ralf Weber. Ele nem mesmo tinha começado a estudar quando seu pai fugiu para o Ocidente. As autoridades proibiram sua mãe de criar o filho sozinha. Ele foi enviado para um lar para crianças em 1962, e então para um lar especial em 1963, um lar especial combinado em 1968 e um reformatório em 1970.
Weber era considerado violento, tinha tendência a explosões de fúria e se recusava a se render à disciplina. Os professores disseram que ele era insano e usavam drogas para acalmá-lo. Ele foi transferido para um reformatório fechado em Torgau em 1971. Em 2004, Weber contestou a decisão do Tribunal de Apelação de Berlim, que lhe concedeu apenas 300 euros por cada mês que passou no reformatório de Torgau. Ele também exigiu indenização pelo tempo que passou nas outras seis instituições alemãs-orientais.
Não foram dados veredictos para as autoridades e educadores responsáveis pelo abuso, que se deve em parte ao silêncio entre as vítimas. Muitos dos antigos moradores dos lares ainda estão envergonhados pelo seu passado, porque ainda correm muitos comentários no Leste da Alemanha. A crença popular é de que aqueles que foram enviados para os reformatórios provavelmente mereciam.
Em muitos casos, o simples fato dos pais serem críticos do regime bastava para o envio de uma criança para um lar por anos. Kerstin Dietzel, uma pesquisadora de educação da Universidade de Magdeburgo, no Leste da Alemanha, frequentemente cita o caso de Friedlinde Kupka, cuja história é semelhante a tantas na antiga Alemanha Oriental. Kupka, uma mãe solteira, pediu visto de saída em 1971 e persistiu em seus esforços por meses. Casos teimosos como o dela rapidamente se tornavam assunto para a polícia secreta alemã oriental, a Stasi. Sua diretriz 1/76 regulamentava a “subversão” de indivíduos hostis ao Estado, por “desacreditarem sistematicamente a reputação pública” ou “promoverem sistematicamente fracassos profissionais e sociais”. Friedlinde Kupka perdeu seu emprego como secretária. Quando se recusou a aceitar um emprego de faxineira, ela ficou desempregada em um país que pregava pleno emprego. Isso permitiu ao Tribunal do Distrito de Rostock sentenciar Kupka, que na época estava grávida, a 10 meses de prisão por “comportamento antissocial”.
Para o porão do castelo
Sua filha de nove anos foi institucionalizada e seu filho, nascido pouco tempo depois, foi dado para pais adotivos leais ao partido seis dias após o nascimento. Um tribunal de família negou a Kupka a custódia de seus filhos, com base de que ela seria incapaz de “criar as crianças para se tornarem cidadãos responsáveis”. Kupka foi deportada da RDA em 1975. O governo bloqueou todas as suas tentativas de contatar os filhos.
A Stasi tirava proveito dos lares. A polícia secreta, diz o ex-ativista de direitos civis alemão-oriental, Wolfgang Templin, trabalhou em conjunto com agências de bem-estar do menor. “O sistema de bem-estar do menor, que visava proteger as crianças e famílias, distorceu completamente sua missão quando foi utilizado indevidamente para institucionalizar crianças por motivos políticos ou para adoções forçadas.” A Stasi também se voltava para as crianças e adolescentes para recrutar novos talentos. Após a reunificação alemã, espiões foram expostos como parte da “Iniciativa para Liberdade e Direitos Humanos” de Berlim Oriental. Três deles foram criados como órfãos em um lar para crianças. O notório político do Partido Social-Democrata e colaborador da Stasi, Ibrahim Böhme (“IM Maximiliam”) também foi institucionalizado quando era criança.
Quando ex-crianças institucionalizadas da antiga Alemanha Ocidental ganharam as manchetes no ano passado, isso deu esperança para muitas vítimas do sistema alemão-oriental. Um homem de Mecklemburgo, que viveu no Lar Especial para Crianças Pretzsch, no Estado de Saxônia-Anhalt até 1979, contatou o jornal “Leipziger Volkszeitung”. Ele disse que os professores levavam as crianças para o porão do castelo, “as tocavam lá embaixo” e as acariciavam. Houve uma investigação, mas o caso foi abandonado quando foi descoberto que a vítima, que vive em um trailer perto de Neustrelitz, não podia cooperar com as autoridades. Um exame médico concluiu que ele tinha fobia de investigadores.
‘Nenhuma condenação’
Em Leipzig, os promotores analisaram as acusações de abuso sexual em um lar de crianças em Eilenburg. Mas rapidamente ficou claro que independente do que tenha acontecido, seria virtualmente impossível processar os perpetradores. Os documentos desapareceram e os prazos para casos de abuso sexual prescreveram. Era tarde demais para investigar. Mas historiadores amadores chegaram às suas próprias conclusões quando a polícia e os tribunais não puderam mais ser eficazes. Eberhard Mannschatz, que já foi o encarregado de lares especiais para crianças na Alemanha Oriental no Ministério da Educação, se queixou do “porrete de reformatório” e do que chamou de “campanha de difamação contra o sistema de bem-estar do menor alemão-oriental”. Mannschatz, atualmente com 83 anos, alega que Torgau foi explorada para parecer “uma monstruosidade historicamente sem precedente”. Ele aponta que “não há nenhuma condenação nos julgamentos contra educadores após a reunificação”.
Isso se deve em parte à maleabilidade de pessoal. Em novembro de 1989, o reformatório de Torgau desapareceu praticamente da noite para o dia. Primeiro as barras e telas foram removidas, seguidas pelas portas da prisão e arquivos. Um internato se mudou para o prédio principal. Os professores permaneceram onde estavam, mas agora eram responsáveis pelas atividades extracurriculares das crianças.
Mannschatz foi um professor da Universidade Humboldt de Berlim até 1991. Seus ensaios foram publicados na “Série Colorida” da Força Tarefa de Política de Educação do Partido de Esquerda. O propósito dos ensaios era “apoiar e promover a discussão aberta da escola esquerdista e dos objetivos da educação”.
Ralf Weber se reclina no sofá em que está sentado. Mannschatz ainda está interessado em seu caso. Ele escreveu um comentário sobre a decisão apelada por Weber em um tom antes reservado ao notório comentarista alemão oriental, Karl-Eduard von Schnitzler. O tribunal, ele escreveu, “aguçou o apetite” de outras vítimas e um lobby difamatório estava em ação.
Lidando com as experiências do passado
Após a reunificação, Weber construiu uma casa na região de Lausitz, no sudeste de Berlim. Ele se casou e teve uma filha, e tentou banir Torgau de sua vida. Ele foi bem-sucedido por algum tempo, mas quando sua filha começou a ficar mais velha, as lembranças ruins retornaram. Ele não discutia sua infância com sua família. Apenas após sua depressão se tornar intolerável é que ele contou para sua esposa sobre Torgau. “Eu não queria colocar todo esse fardo sobre ela”, ele diz.
Heidemarie Puls, que, juntamente com Weber, faz parte do Conselho de Vítimas de Torgau, também não quis falar sobre o que aconteceu por muito tempo. Então ela colocou para fora seus sentimentos ao escrever sobre eles. Seu livro “Schattenkinder” (“crianças das sombras”) foi publicado por uma pequena editora em Rostock em 2009. Ele ajudou Puls a lidar com suas experiências do passado.
E a mesa redonda em Berlim? Schröder, a ministra da Família, escreveu para o parlamentar Kolbe de Torgau para assegurar que “todos os grupos serão ouvidos lá”. E há um encontro de representantes dos Estados de Renânia do Norte-Vestfália, Schleswig-Holstein e Baviera, e das regiões de Vestfália-Lippe e Renânia. Weber, um membro do conselho das vítimas do “Reformatório Fechado de Torgau”, soube sobre os resultados do levantamento do passado das vítimas da antiga Alemanha Ocidental pelo noticiário noturno.
Tradução: George El Khouri Andolfato
Texto da Der Spiegel, reproduzido no UOL.
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