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É difícil compreender a conjunção de desastres naturais e os causados pelo homem que marcaram o ano até agora. O atentado a bomba de Anders Behring Breivik em Oslo e as dezenas de pessoas que ele matou na ilha de Utoeya, a maioria adolescentes, são só a tragédia mais recente.
Em janeiro, o levante tunisiano forçou o ditador Zine el Abidine Ben Ali a fugir do país. Depois, em fevereiro, veio o terremoto de Christchurch, na Nova Zelândia.
Em março, houve um terremoto e um tsunami no Japão, o maior e mais custoso desastre para o país desde Hiroshima e Nagasaki. Como consequência do abalo, surgiu o risco de desastre nuclear na usina Fukushima Daiichi.
Em seguida aconteceu a Primavera Árabe, com multidões mobilizadas nas ruas de Alexandria e do Cairo. Hosni Mubarak, que governou o Egito por décadas, foi derrubado.
França e Reino Unido antecipavam que Muammar Gaddafi caísse rapidamente na Líbia, e a Otan interveio em apoio aos rebeldes do leste do país. Mas o coronel Gaddafi resistiu e continua no poder em Trípoli, a despeito do bombardeio continuado de aviões aliados contra suas forças.
A oposição no Bahrein foi brutalmente reprimida, e com assistência militar saudita. Os EUA, preocupados simultaneamente com a base de sua Quinta Frota no Bahrein e com o Irã, aceitaram a repressão aos revoltosos do emirado.
Bashar Assad, na Síria, também resistiu à Primavera Árabe. Como Gaddafi, continua a fazê-lo, usando a força bruta, mas sem qualquer assistência externa aos seus oponentes.
Em abril, tornados varreram o sul e o centro-oeste dos EUA. Em maio, Osama bin Laden foi assassinado por forças especiais norte-americanas em um ataque audacioso no interior do Paquistão.
No mesmo mês, Dominique Strauss-Kahn, então chefe do FMI, foi forçado a desembarcar no aeroporto JFK, em Nova York, de um avião da Air France que decolaria para Paris e preso. Foi acusado de agressão sexual a uma camareira em um hotel de Nova York.
Depois, porém, que os promotores nos EUA admitiram que a história da vítima não se sustentava, e com o ataque da dispendiosa equipe legal de Strauss-Kahn aos princípios morais da acusadora, Nafissatou Diallo, a camareira decidiu revelar sua identidade e declarou à rede de TV ABC que queria que Strauss-Kahn "soubesse que há lugares em que não pode usar seu poder, não pode usar seu dinheiro".
Enquanto isso, a fome ronda a Somália. A saga de Rupert Murdoch e a crise da dívida grega continuam. Nos EUA, o presidente Barack Obama e o Congresso tentam evitar um calote nos pagamentos do governo. E ainda nem chegamos ao fim de julho.
É difícil compreender a conjunção de desastres naturais e os causados pelo homem que marcaram o ano até agora. O atentado a bomba de Anders Behring Breivik em Oslo e as dezenas de pessoas que ele matou na ilha de Utoeya, a maioria adolescentes, são só a tragédia mais recente.
Em janeiro, o levante tunisiano forçou o ditador Zine el Abidine Ben Ali a fugir do país. Depois, em fevereiro, veio o terremoto de Christchurch, na Nova Zelândia.
Em março, houve um terremoto e um tsunami no Japão, o maior e mais custoso desastre para o país desde Hiroshima e Nagasaki. Como consequência do abalo, surgiu o risco de desastre nuclear na usina Fukushima Daiichi.
Em seguida aconteceu a Primavera Árabe, com multidões mobilizadas nas ruas de Alexandria e do Cairo. Hosni Mubarak, que governou o Egito por décadas, foi derrubado.
França e Reino Unido antecipavam que Muammar Gaddafi caísse rapidamente na Líbia, e a Otan interveio em apoio aos rebeldes do leste do país. Mas o coronel Gaddafi resistiu e continua no poder em Trípoli, a despeito do bombardeio continuado de aviões aliados contra suas forças.
A oposição no Bahrein foi brutalmente reprimida, e com assistência militar saudita. Os EUA, preocupados simultaneamente com a base de sua Quinta Frota no Bahrein e com o Irã, aceitaram a repressão aos revoltosos do emirado.
Bashar Assad, na Síria, também resistiu à Primavera Árabe. Como Gaddafi, continua a fazê-lo, usando a força bruta, mas sem qualquer assistência externa aos seus oponentes.
Em abril, tornados varreram o sul e o centro-oeste dos EUA. Em maio, Osama bin Laden foi assassinado por forças especiais norte-americanas em um ataque audacioso no interior do Paquistão.
No mesmo mês, Dominique Strauss-Kahn, então chefe do FMI, foi forçado a desembarcar no aeroporto JFK, em Nova York, de um avião da Air France que decolaria para Paris e preso. Foi acusado de agressão sexual a uma camareira em um hotel de Nova York.
Depois, porém, que os promotores nos EUA admitiram que a história da vítima não se sustentava, e com o ataque da dispendiosa equipe legal de Strauss-Kahn aos princípios morais da acusadora, Nafissatou Diallo, a camareira decidiu revelar sua identidade e declarou à rede de TV ABC que queria que Strauss-Kahn "soubesse que há lugares em que não pode usar seu poder, não pode usar seu dinheiro".
Enquanto isso, a fome ronda a Somália. A saga de Rupert Murdoch e a crise da dívida grega continuam. Nos EUA, o presidente Barack Obama e o Congresso tentam evitar um calote nos pagamentos do governo. E ainda nem chegamos ao fim de julho.
KENNETH MAXWELL escreve às quintas-feiras nesta coluna.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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