Foi por meio de uma rede social que Anna Luísa Moura Campos de Alcântara descobriu a música “O Sol”, do cantor Vitor Kley.
Segundo sua mãe, a assistente jurídica Fernanda Moura Campos, 34, a menina se encantou pela letra e por Vitor e virou fã.
Em maio de 2018, veio o diagnóstico de câncer cerebral, e a canção se tornou a trilha sonora que a ajudou a enfrentar o tratamento. “Quem a acompanhava na quimioterapia e radioterapia tinha a missão de assoviar a música para ela”, diz Campos.
Em fevereiro deste ano, ao saber da participação do artista no Festival VIVA, em Brasília, o pai de Anna solicitou à produção do evento autorização para que a filha o conhecesse. A resposta, positiva, veio em cinco minutos.
“Quando a Anna passou pelo camarim, tive a impressão de ter visto um anjo. Nunca senti isso na minha vida. Se fosse definir a Anna em uma palavra seria luz”, diz Vitor Kley à Folha.
A doença a fez trocar a escola, o balé e a natação pelo hospital. Madura, ela sabia da gravidade do problema.
“Durante o tratamento, foram raras as vezes em que a vi triste. Mesmo com dores, ela dizia que só tinha a agradecer. O primeiro ensinamento que minha filha deixou foi a fé. Ela nunca questionou a situação pela qual estava passando; o segundo, o amor pela família.”
Anna chegou a ser considerada curada, mas a doença voltou em três meses. “A Anna foi um presente que ganhei da vida. Nunca vou esquecê-la”, afirma Kley.
O músico manteve o contato com a menina até pouco tempo antes dela morrer.
Anna Luísa morreu no dia 26 de setembro, aos 6 anos, de câncer no cérebro. Deixa os pais e um irmão.
Reprodução da Folha de São Paulo.
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