Maria Rita encanta público no Anfiteatro Pôr do Sol
Cantora interpretou Elis numa das homenagens ao aniversário de Porto Alegre
Com uma emoção claramente sentida e contida diante de cerca do público de 60 mil pessoas que esteve no Anfiteatro Pôr do Sol neste sábado, conforme a organização, Maria Rita abriu a tunê "Viva Elis", em homenagem à mãe, nas comemorações do aniversário de Porto Alegre. Pela primeira vez na carreira de nove anos, a cantora encarou o palco com o arranjador e pianista César Camargo Mariano para um show com o repertório de Elis Regina, algo que sempre evitou pela incessante e exigente comparação de seu trabalho com o da maior cantora do Brasil.
Em Porto Alegre, o clima foi especial. Diante de tanta gente e da recepção calorosa do público, ela olhou em frente, segurou o nó na garganta, e iniciou o passeio pelas canções de Elis com os versos de "Imagem" (É de vocês o meu cantar/ É só pra vocês nosso cantar/ Enquanto a nossa meta não for atingida/ Continuamos gritando o nosso canto/ Enquanto nossa música não voltar ao que é/ Nós lutamos, faz escuro mas nós cantamos").
Vestindo um macacão branco que acompanha o corpo, com uma leve e longa capa-manga que tirou já nas primeiras músicas, Maria Rita passou pelo "Arrastão" e entoou "Como Nossos Pais", que o público todo acompanhou com palmas e vozes. De boas vindas, um "muitíssimo obrigado pela presença de cada um de vocês que estão aqui, e que tanto esperavam, assim como eu, por isso. Estar diante desse grande público na cidade de minha mãe é uma emoção que não consigo...", sorriu, segurou a emoção e ganhou muito mais aplausos.
Em seguida, trouxe para o palco "Vida de Bailarina", com os versos "Vão falando sem saber/ Que ela é forçada a enganar/ Não vivendo pra dançar/ Mas dançando pra viver", bem de acordo com suas declarações de que seu cantar é uma necessidade e razão de vida assim como o cantar da mãe, e seguiu com "Bolero de Satã" e "Águas de Março", com direito a bolhinhas de sabão soltas pela plateia. Em meio às canções, o final de tarde laranja do Guaíba, e uma fina meia lua colada no rio.
Em seus dizeres e posturas, Maria Rita tomou pra si, como filha, todo o direito de homenagear a mãe cantando, mesmo que ela seja a grandiosa Elis Regina. Com admiração e orgulho expostos, ela falou "de minha mãe", "mamãe", e mostrou a mãe para todos, revivendo exemplos e dizeres. "Como todos sabem, perdi mamãe aos 4 anos. Muita gente questiona sobre como será que seriam nossas conversas, seus conselhos, suas broncas. Não sei, mas em algumas canções encontro essa mulher amiga de todos, e a mãe amiga minha. Vejo seu universo feminino. Agora, como mulher, o entendo, identifico e canto", disse, ao começar a canção "Essa Mulher".
Momentos antes, após cantar "Bêbado e a Equilibrista", Maria Rita reverenciou novamente a força de Elis: "Era um tempo de fim de ditadura, e minha mãe sempre foi muito envolvida na luta pelos direitos de todos, pelos direitos civis". Recebeu um mar de aplausos, aplaudiu junto a memória com o público agradecendo "Elis! Elis!" e seguiu: "Mamãe acreditava que o artista, por ter esse canal, tem obrigação de se envolver. Ela lutou incansavelmente pelos direito de seus companheiros. O mínimo que a se pode fazer, agora, é honrar a lembrança daqueles que tanto fizeram pela nossa liberdade. Simplesmente falar", disse a filha de Elis.
Outro momento de reverência foi antes de cantar as composições de Milton Nascimento "Morro Velho", "O Que Foi Feito" e "Maria Maria": "Essa é outra herança, a amizade e respeito a Milton. minha mãe dizia que se Deus tivesse voz, seria a dele. E ele diz que faz suas canções pensando na voz dela".
Acompanhada no palco por Thiago Costa no piano e teclado, Sylvinho Mazzuca no baixo, David Moraes na guitarra e Cuca Teixeira na bateria, Maria Rita voltou com "Fascinação", "Romaria", "Madalena" e "Redecobrir". A turnê "Viva Elis" segue para Recife (1 de abril), Belo Horizonte (8), São Paulo, (22) e Rio de Janeiro (29 de abril).
Em Porto Alegre, o clima foi especial. Diante de tanta gente e da recepção calorosa do público, ela olhou em frente, segurou o nó na garganta, e iniciou o passeio pelas canções de Elis com os versos de "Imagem" (É de vocês o meu cantar/ É só pra vocês nosso cantar/ Enquanto a nossa meta não for atingida/ Continuamos gritando o nosso canto/ Enquanto nossa música não voltar ao que é/ Nós lutamos, faz escuro mas nós cantamos").
Vestindo um macacão branco que acompanha o corpo, com uma leve e longa capa-manga que tirou já nas primeiras músicas, Maria Rita passou pelo "Arrastão" e entoou "Como Nossos Pais", que o público todo acompanhou com palmas e vozes. De boas vindas, um "muitíssimo obrigado pela presença de cada um de vocês que estão aqui, e que tanto esperavam, assim como eu, por isso. Estar diante desse grande público na cidade de minha mãe é uma emoção que não consigo...", sorriu, segurou a emoção e ganhou muito mais aplausos.
Em seguida, trouxe para o palco "Vida de Bailarina", com os versos "Vão falando sem saber/ Que ela é forçada a enganar/ Não vivendo pra dançar/ Mas dançando pra viver", bem de acordo com suas declarações de que seu cantar é uma necessidade e razão de vida assim como o cantar da mãe, e seguiu com "Bolero de Satã" e "Águas de Março", com direito a bolhinhas de sabão soltas pela plateia. Em meio às canções, o final de tarde laranja do Guaíba, e uma fina meia lua colada no rio.
Em seus dizeres e posturas, Maria Rita tomou pra si, como filha, todo o direito de homenagear a mãe cantando, mesmo que ela seja a grandiosa Elis Regina. Com admiração e orgulho expostos, ela falou "de minha mãe", "mamãe", e mostrou a mãe para todos, revivendo exemplos e dizeres. "Como todos sabem, perdi mamãe aos 4 anos. Muita gente questiona sobre como será que seriam nossas conversas, seus conselhos, suas broncas. Não sei, mas em algumas canções encontro essa mulher amiga de todos, e a mãe amiga minha. Vejo seu universo feminino. Agora, como mulher, o entendo, identifico e canto", disse, ao começar a canção "Essa Mulher".
Momentos antes, após cantar "Bêbado e a Equilibrista", Maria Rita reverenciou novamente a força de Elis: "Era um tempo de fim de ditadura, e minha mãe sempre foi muito envolvida na luta pelos direitos de todos, pelos direitos civis". Recebeu um mar de aplausos, aplaudiu junto a memória com o público agradecendo "Elis! Elis!" e seguiu: "Mamãe acreditava que o artista, por ter esse canal, tem obrigação de se envolver. Ela lutou incansavelmente pelos direito de seus companheiros. O mínimo que a se pode fazer, agora, é honrar a lembrança daqueles que tanto fizeram pela nossa liberdade. Simplesmente falar", disse a filha de Elis.
Outro momento de reverência foi antes de cantar as composições de Milton Nascimento "Morro Velho", "O Que Foi Feito" e "Maria Maria": "Essa é outra herança, a amizade e respeito a Milton. minha mãe dizia que se Deus tivesse voz, seria a dele. E ele diz que faz suas canções pensando na voz dela".
Acompanhada no palco por Thiago Costa no piano e teclado, Sylvinho Mazzuca no baixo, David Moraes na guitarra e Cuca Teixeira na bateria, Maria Rita voltou com "Fascinação", "Romaria", "Madalena" e "Redecobrir". A turnê "Viva Elis" segue para Recife (1 de abril), Belo Horizonte (8), São Paulo, (22) e Rio de Janeiro (29 de abril).
Notícia do Correio do Povo.
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