O historiador e arqueólogo francês Paul Veyne morreu nesta quinta-feira, aos 92 anos, em Vaucluse. A informação foi publicada no site do jornal francês Le Monde. A causa da morte não foi revelada.
Conhecido por sua especialidade em Antiguidade grego-romana, Veyne publicou livros como "Sêneca e o Estoicismo", "Elegia Erótica Romana", "Os Gregos Acreditavam em seus Mitos?" e "Pão e Circo: Sociologia Histórica de um Pluralismo Político".
Veyne publicou também livros relacionados a filosofia. Em "Foucault - Seu Pensamento, Sua Pessoa", por exemplo, o historiador se debruça sobre o pensamento de Michel Foucault, filósofo que o citava para rebater a ideia do cristianismo como marco da repressão sexual.
Veyne dizia que a história é a história das práticas e das crenças. Ele repudiava qualquer ideia de racionalidade da história, de ser movida por fatores profundos como progresso ou luta de classes. Para ele, "não se pode tirar nenhuma lição da história", como contou à Folha, em 2009.
Nascido em 1930, em Aix-en-Provence, Veyne começou a se interessar pelo Império Romano aos oito anos de idade, ao ver uma ânfora em um sítio celta.
Além de historiador, arqueólogo e escritor, Veyne foi também professor na Escola Francesa de Roma e Universidade Sorbonne. Em 1975, se tornou titular da cadeira de história romana do Colégio da França, cargo que ocupou até 1998.
Reprodução de notícia da Folha de São Paulo.
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